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Papillon (O Homem que saiu do inferno) - (Henri Charrière)


Papillon (Henri Charrière) Henri Papillon Charrière (Apelidado de Papillon) nasceu em 1906 em Árdeche e foi condenado à prisão perpétua em Paris. 

Ele tinha 25 anos quando em outubro de 1932 fora levado para o Departamento do Sena, em Paris, para ser julgado de um crime de assassinato de um homem chamado Roland Le Petit. Papillon se dizia ser inocente e que a testemunha Pollein mentia sobre o crime pois tinha feito um acordo com a polícia que era promovida sempre que se descobrisse o autor de um crime. Sendo assim, o advogado da acusação foi mais habilidoso e conseguiu que os jurados condenassem Papillon à prisão perpétua com trabalhos forçados em uma colônia penal que foi criada por Napoleão Bonaparte. 

Papillon ficou um tempo primeiramente em Saint-Martin-de-Ré. Enquanto aguardava a partida ele guardara dentro do ânus um canudo com 5600 francos. Era o dinheiro que ele teria que guardar para “comprar cúmplices, libertos e vigilantes”. Assim faziam outros prisioneiros. 

Enfim, chegou o dia da viagem em um navio de 1800 homens para a penitenciária, o centro de degredos de forçados. Chamava-se “Penitenciária de Saint-Laurent-du-Maroni”. Ali fazia-se a triagem. Os desterrados (Degredados, exilados) iam para uma penitenciária chamada Saint-Jean. Os forçados eram classificados em 3 grupos: Os mais perigosos iam para as Ilhas da Salvação para o resto da vida. Essas ilhas se chamam: 1) Ilha de Royale; 2) Ilha de Saint-Joseph, que é a maior; 3) Ilha do diabo, a menor de todas, onde ficavam mais os forçados políticos, em geral. O segundo grupo são os menos perigosos ficariam no campo de Saint-Laurent fazendo trabalhos de jardinagem e cultivo da terra. Em casos de necessidade eles seriam enviados para campos muito duros, como o Campo Florestal, Charvin, Cascata, Enseada Vermelha, Quilômetro 42, chamado “O Campo da Morte”. E o terceiro grupo seriam os empregados na administração, nas cozinhas, na limpeza do povoado e do campo ou em diversos trabalhos como oficina, marcenaria, pintura, eletricidade, alfaiataria, lavanderia, etc.. 

Um conhecido de Papillon, Sierra, que trabalhava na enfermaria, o chamou e o internou juntamente com Degas, amigo de Papillon, por 200 francos por semana, para os manterem um tempinho no hospital, longe dos vigilantes e das penas impostas. E no hospital, ele ficou conhecendo Maturette, um rapaz jovem; e Clousiot. Esses amigos juntamente com Papillon conseguiram fugir depois de terem armado um bom plano para a fuga. Nessa fuga Clousiot quebrara a perna. 

Então, através de Jesus que os acobertara, eles fugiram pelo rio. Porém o barco era muito velho e eles tiveram que ir até a ilha dos leprosos onde compraram um barco muito bom para poderem entrar em mar. Nessa ilha só havia leprosos em estados críticos da doença, mas eles os receberam muito bem. Já em mar eles enfrentaram muitas ondas, chuvas e tempestades. Mas conseguiram depois de muitos dias chegar a Ilha inglesa de San Fernando, que fica em Trinidad. Mas, embora tenham feito boas amizades ali a duração foi de poucos dias pois a cidade não admitia que refugiados se instalassem lá. E assim tiveram que retornar novamente ao mar enfrentando tempestades e muitas e muitas ondas, até que chegaram a um lugar com muitos rochedos por causa dos ventos e ondas muitos fortes e tiveram que pular nas águas e nadarem até a ilha. O barco se desmanchou no atrito com as rochas. E o local se chamava Curação. 

Em Curação, eles foram presos pelo chefe de segurança da ilha até os libertarem para que eles comprassem um outro barco para irem embora. E assim o fizeram, com a ajuda do Dr. Naal, o primeiro que os ajudou. 

E tiveram que voltar novamente para o mar com direção a Honduras Britânica. E navegavam entre os perigos do mar até que novamente foram perseguidos e presos por soldados policiais territoriais de um lugar chamado Rio Hacha. Nessa prisão do Rio Hacha Papillon fica conhecendo Antônio, um colombiano o qual através dele conseguiram fugir depois de arrumarem uma serra e serrarem as grades da cela. Os outros amigos não quiseram ir. Antônio e Papillon andaram muito até determinado ponto e depois Antônio deixa Papillon seguir sozinho. 

Papillon anda, anda, até chegar em uma aldeia de índios. Lá é recebido por um cachorro que o morde forte. Com isso, uma jovem índia fica cuidando do ferimento da perna de Papillon, e os índios o aceitam bem na aldeia. Essa comunidade índia se chama Guajira. E a índia que cuidou dele se chama Lali. Logo adiante os dois tem um envolvimento amoroso e dormem sempre juntos na rede. E depois, a índia oferece também a sua irmã mais nova, para ficar com Papillon. Ele resiste porque ela era quase uma criança, mas depois de tanto desejo delas, Papillon também tem um envolvimento com Zoraima, a irmã de Lali. Desse relacionamento Zoraima fica grávida. Logo depois Lali também fica grávida de Papillon. 

Já fazia 6 meses que Papillon estava convivendo com os indígenas, mas Papillon tinha que continuar com os objetivos de seguir adiante para a Venezuela ou a Colômbia. Iria atrás dos inimigos que lhe fizeram mal de terem lhe condenado inocentemente. Mas Papillon prometera às duas irmãs índias que voltaria um dia. E foi emocionante a despedida onde todos pediam que ele ficasse. E quando Zato, o chefe da tribo perguntou: “Por que quer deixar os seus amigos”? Papillon respondeu: “Devo perseguir aqueles que me trataram como um animal. Graças à você eu pude viver feliz, comer bem, encontrei amigos nobres, mulheres que colocaram o sol dentro do meu peito. Mas isso não pode transformar um homem como eu num animal, capaz de, após encontrar um abrigo quente e bom, permanecer nele a vida toda, por medo do sofrimento que a luta costuma trazer. Vou enfrentar meus inimigos. Parto em busca de meu pai, que precisa de mim. Deixo aqui a minha alma, em minhas mulheres, Lali e Zoraima, deixo as crianças que são o fruto dessa união... se morrer no cumprimento do meu dever, terei morrido pensando em vocês, pensando em Lali, em Zoraima, nos meus filhos, e em todos os índios guajiros, que são a minha família. Aqui encontrei amor, paz, tranquilidade e nobreza. Adeus guajiros, índios selvagens da península colombo-venezuelana. A maneira selvagem de viver de vocês, a maneira como vocês se defendem, me ensinou uma coisa muito importante para o futuro: que é melhor ser um índio selvagem do que um literato transformado em juiz. Voltarei um dia, não há dúvida. Como? Não sei. Mas faço a mim mesmo a promessa de voltar”! 

Papillon, depois de andar um pouco, foi em um caminhão que ia para Santa Marta. Porém o motorista bebia muito e acabou errando o caminho, entrando em um caminho lamacento. Logo após, uma carroça que vinha com freiras e iria para perto de Santa Marta acabou dando carona para Papillon. Depois, uma delas disse que tinha visto uma foto de Papillon no jornal como foragido de Rio Hacha. Ainda assim o levaram para o convento onde ele poderia passar a noite antes de prosseguir. Porém no outro dia, alguém (Não se sabe quem) chamou a polícia sem que Papillon saiba e então ele foi levado para a prisão colombiana de Santa Marta onde estavam os velhos principais amigos de fuga franceses: Maturette e Clousiot. Papillon tinha quinhentas a seiscentas pérolas do mar que ganhou de Lali, a índia, mas foram subtraídas pela madre superior. 

O comandante da prisão de Santa Marta colocou Papillon em um calabouço de podridão (Prisão subterrânea) imundo com água suja, carangueijos, ratos. Aí veio o arrependimento por não ter valorizado o presente que Deus o havia dado, a liberdade na tribo, duas mulheres maravilhosas (As índias), a natureza, o sol, a praia, e como ele foi bem adotado pela tribo. 

Papillon tinha 36 moedas de ouro de 100 pesos que ganhara do chefe de uma tribo indígena. Dias depois Papillon fez uma proposta ao comandante da prisão; que se vendessem suas moedas, o comandante ganharia uma parte. E contou também das pérolas que ficaram com a ladra madre superior. Em troca, Papillon queria que o comandante o deixasse roubar um barco para a fugir dali. Daí o comandante mandou os policiais buscarem as pérolas. E aceitou o acordo, desde que chovesse para que ele pudesse provocar um curto-circuito para facilitar a fuga. Mas não choveu nesses dias até que chegou o dia em que eles foram transferidos para uma prisão que se chama “80” em Barranquilha e o comandante não teve como evitar. 

Em Barranquilha, por algumas vezes Papillon e seus companheiros tentaram fugir, mas acabou não dando certo. Uma vez, em uma determinada tentativa de fuga, Papillon ao pular do muro para uma rua de 9 metros abaixo do muro teve os dois pés quebrados e Clousiot quebrara a perna novamente. Com essa tentativa de fuga, Papillon foi espancado pelos soldados, só não sendo morto porque Don Gregorio, o comandante dessa prisão, o protegia. Depois disso, Papillon ainda tentou uma última fuga ali. Subornando um grupo de pessoas, ele pagou para que conseguissem tudo o que precisava para explodir o muro com dinamite. No entanto, a explosão não abriu o muro e ele se lamentou na luta pela liberdade! 

Papillon iria lutar por sua liberdade até o fim. E sentiu Deus lhe dizendo: “Você sofre e vai sofrer mais ainda, mas desta vez resolvi ficar com você. Você será livre, e vencerá. Prometo”! 

Papillon, ainda se recuperando dos pés, temia muito ser levado para a reclusão na ilha de Saint-Joseph, na Guiana Francesa (Apelidada por devoradora de homens) onde ninguém jamais conseguiu se evadir dela em 24 anos de sua existência. Porém, não teve jeito. O barco chegou para buscá-los e tiveram que partir para essa ilha, com os seus inseparáveis amigos de fuga, Clousiot e Maturette. 

Em Saint-Joseph, como castigo, eles teriam que cumprir 2 anos de pena dentro de uma cela (Solitária) por tentativa de evasão. E depois eles seriam’ mandados para a ilha da Salvação para o resto da vida. Nesta ilha de Saint-Joseph, na cela 234, Papillon, também chamado de Chèrrieri, para não ficar maluco, tentou viver se exercitando com curtos passos, para lá e para cá. Seriam 2 anos ou 730 dias dentro da solitária escura, cheia de centopéias, e sem poder falar nem com o guarda; uma tortura desumana! 

No dia 26 de junho de 1936, Papillon acaba de cumprir a sua pena de 2 anos na solitária e seus amigos também que estavam em outras celas. Saindo da sua cela ele se encontrou com os amigos Clousiot e Maturette, ambos também muito magros, e fisicamente “acabados”, tanto que Clousiot fora internado no hospital da ilha de Royale onde dias após morrera com apenas 32 anos. Todos estavam agora internados neste hospital de Royale para recuperação. 

Dias depois, recuperados, Maturette ficara ali nesse hospital trabalhando como enfermeiro-ajudante e Papillon tinha que cumprir a sua pena em liberdade limitada na área externa, ou seja, na ilha (Ilha da Salvação) e trabalhava pela manhã como limpador de latrinas (Banheiro, lugar para dejeções). O restante das horas vagas ele passava pescando. Nesta ilha era impossível qualquer fuga, porque além do mar ser infestado de tubarões, ainda tinha o risco de afogamento. 

Um dia Papillon fez amizade com um marceneiro, o Bourset que trabalhava em um jardim, e com isso ofereceu 2000 francos para que este construísse uma jangada de forma escondida. Ele aceitou. Papillon sempre desejou fugir; o seu pensamento desde o começo era sempre de fuga. E assim, durante quatro meses a jangada ia sendo feita às escondidas. No dia em que ela ficou pronta e a fuga seria durante a noite, apareceu um guarda com a arma apontada dizendo que eles estavam presos. Na realidade eles estavam sendo observados já há alguns dias onde Bérbet Celier, o vigia da oficina onde trabalhava o marceneiro, os tinha dedurado aos comandantes. 

Papillon desejou matar Bérbet Celier e aproveitou uma ocasião de acareação entre eles e mostrou-lhe a faca. Mas Bérber o atacou primeiro rasgando-lhe nos músculos. Em seguida Papillon enfiou-lhe a faca no peito e assim Bérber foi morto. 

Papillon, então, pegou 8 anos de reclusão dentro de uma cela por ter matado Bérber. Porém depois de 18 meses, apareceu um médico novato, o Dr. Germain Guibert que consultava os prisioneiros. Este parecia ser mais humano com os presos e fez com que houvesse a saída deles uma vez por semana durante 1 hora para banho de sol e de mar. Um dia, nestas saídas, Papillon vendo que uma garota se afogava no mar ele arriscou a sua própria vida para salvá-la. Como resultado, um mês depois o Dr. Germain Guibert obteve a suspensão de Papillon (Alegando falsamente motivos médicos) da pena de reclusão de 8 anos e este voltara a “ser livre” nos trabalhos forçados na ilha de Royale. 

Havia entre centenas de homens muitos assassinatos a facadas, as vezes por motivos fúteis. Um dia enfiaram a faca no coração de um amigo de Papillon, o Mathieu Carbonieri. Quando alguém morria era jogado ao mar para os tubarões que atacavam e comiam o morto em segundos. O mar era infestado de tubarões querendo se alimentar. 

Um dia Papillon resolveu se fazer de louco para poder ficar no asilo dos loucos, onde supunha ele, seria mais fácil para fugir. E o médico, consultando-o acreditou nessa loucura encaminhando-o para o asilo dos loucos. Nesse asilo, com a ajuda de um amigo, o Salvidia, eles arrumaram uns tonéis que esvaziaram, cordas para amarrá-los e farinha com açúcar. Mas, a fuga não deu certo pois as ondas eram tão fortes que os tonéis foram espatifados contra os rochedos. Felizmente Papillon fora salvo, mas seu amigo foi levado pelas ondas e morrera afogado. 

Tempos depois o médico encaminha Papillon para a Ilha do Diabo que é a menor das Ilhas da Salvação. Lá, Papillon passa o tempo todo estudando o mar, as marés, as ondas violentas nos rochedos; com a intenção de fuga. E um dia ele e mais um amigo, o Sylvian resolveram dar início à fuga. Assim, arrumaram duas jangadas com sacos de cocos e depois de já terem estudado bem o momento certo de entrar no mar, eles assim o fizeram e saíram as 19 horas da noite. E finalmente obtiveram êxito! 

Então, durante uns 3 dias seguiam no mar, em frio, em calor, em momentos difíceis. Mas quando, finalmente, já estavam chegando a 300 metros da mata, Sylvian desceu da jangada achando que podia seguir andando pela crosta seca. Porém, infelizmente, essa areia o afundava cada vez mais até ele ser enterrado pela areia. 

Assim, Papillon por três dias andava e acampava no mato e se alimentando dos cocos que ele tinha trazido consigo. Seu destino seria ir próximo do presídio de Kouron. Lá havia um detento chinês chamado Cuic-Cuic que esperava por ele para fugirem dessa ilha juntos. Foi através do negro Jean que Papillon fizera amizade pelo caminho que tudo fora planejado. Cuic-Cuic já tinha fugido da penitenciária e estava escondido em uma carvoaria, uma ilhota aonde ninguém ia pois era coberta por lama que afunda. Cuic-Cuic era um sujeito perigoso pois tinha assassinado três homens na floresta e estava incinerando (Queimando) eles no forno da carvoaria. 

Enfim, eles compraram um barco e saíram dessa ilha em direção ao mar. E assim fugiram Papillon, Cuic-Cuic e mais um detendo do local - o Maneta. Depois de viajarem uns dias Papillon ia se lembrando dos longos mais de 10 anos de trabalho forçado como prisioneiro das ilhas. E assim, chegaram em Georgetown, capital da Guiana Inglesa, e... livre... ele se sentia livre, pois era época de guerra e em época de guerra nenhum país devolvia os evadidos. 

Em Georgetown, Papillon tinha um endereço de um ex-detento francês, dado por um policial antes. E foram os três morar na casa desse detento - o Guittou, que fica em um bairro que se chama Penitence River e tinha muitos hindus. Dali começaram a trabalhar para ajudar nas despesas, comprando verduras e legumes do campo e revendendo na cidade. 

Papillon, que já era casado na França, acabou se envolvendo com Indara, uma bela hindu. E ele foi morar com ela. Trabalhava também como tatuador, uma de suas profissões. Depois comprou um restaurante de nome “Victory” e também trabalhou como caçador de borboletas raras para vendê-las. Depois, vendeu o restaurante e montou uma boate com o nome de “Casa de Bambu”. Trabalhava sempre com os amigos. Porém, um dia houve um problema na boate com um cliente e uma dançarina, o qual o cliente ficou muito nervoso e atirou na dançarina matando-a. Depois da confusão, a polícia acabou fechando a boate. 

Logo depois, Papillon, começou a cansar de Georgetown e resolveu com mais 4 amigos pegar um barco escondido e fugirem para outro País. Papillon deixara Indara a sofrer sem ao menos avisar. E voltou para o mar com os amigos! 

No mar, Papillon viu em outro barco uma bandeira muito bonita e cheia de estrelas. E ele disse: “Percebo uma bandeira que não é inglesa. Cheia de estrelas, muito bonita, eu nunca vi essa bandeira em minha vida. Mais tarde, essa bandeira vai ser a “minha bandeira”, a da minha nova pátria, para mim, o símbolo mais emocionante, o de ter, como todo homem normal, reunidos num pedaço de pano, as qualidades mais nobres de um grande povo, meu povo”! 
Obs: Assim, estudos dizem que essa bandeira poderia ser a “Bandeira do Brasil”, e que Papillon viera a se estabelecer definitivamente no Brasil!

Então, Papillon e os amigos, depois de sofrerem muito no mar com sede, fome e queimaduras do sol chegaram à Venezuela. Um grupo de pessoas aparentemente bem pobres, é que ficaram cuidando deles. Mas, depois de uns dias alguém avisou à polícia e eles foram capturados e levados para a colônia El Dorado, um campo forçado de trabalho onde a desumanidade e o horror predominavam de tal forma que matavam até com pauladas. Na época, esse sistema duro de longos anos era do ditador Gómez.

Então, nesse campo de trabalho forçado na Venezuela, eles colocaram o pequeno grupo como mão de obra e Papillon cuidava de uma horta. E ele ficou ali um tempo, até que houve um golpe de Estado que derrubou o presidente da República. E todos os oficiais foram substituídos. O diretor do presídio também fora substituído. E este novo diretor, o Coronel Francisco Bolagno Utreta colocara Papillon em liberdade. Era agosto de 1944 e Papillon tinha esperado 13 anos por esse dia. 

Assim, termina essa grande aventura. Houve uma amizade entre Papillon e o Coronel Francisco Bolagno Utreta. Papillon saiu, decentemente vestido graças ao coronel que lhe dera essas roupas. Apesar da sua alta posição na hierarquia militar o Coronel Francisco nunca deixou de testemunhar a sua fiel amizade por Papillon e o ajudar em tudo. 

Papillon sai para viver em Caracas, e disse para si mesmo que viveu uma vida de malandro e aventureiro, mas que daí em diante ele viveria corretamente. E um dia, quem sabe, contaria o restante das suas aventuras... 


Frases marcantes de Papillon ou Henri Charrière:

 • “Este filme, ao qual assisto sem querer, esta projeção de uma lanterna mágica iluminada contra minha vontade pelo meu subconsciente, enche de doce emoção esta noite de expectativa para o salto em direção ao grande desconhecido do futuro” (Papillon, Henri Charrière). 
• “Toco nele hoje, neste sol que se levanta para devorar aquilo que não tem força suficiente para suportá-lo. Toco realmente em Deus, sinto-o em volta de mim, dentro de mim” (Papillon, Henri Charrière). 
• “Absolutamente ninguém, nem os muros grossos, nem a distância em que se acha essa ilha perdida no atlântico, nada, absolutamente nada, coisa alguma de moral ou material impedirá minhas viagens deliciosamente coloridas pelo tom róseo da felicidade, quando decolo e voo para as estrelas”. (Papillon, Henri Charrière). 
• “Sou um homem livre, livre! Um calor sobe-me à garganta; acredito mesmo que lágrimas saem dos meus olhos. É verdade. Estou definitivamente livre”! (Papillon, Henri Charrrière).

Pássaros Feridos (Colleen McCullough)


Pássaros Feridos é um romance que conta a história da orgulhosa e singular família Cleary que vive modestamente em um sítio na Nova Zelândia. Depois de anos sobrevivendo a muito custo de trabalhos temporários em fazendas vizinhas Paddy recebe uma carta de sua meia irmã convidando-o, juntamente com a esposa Fiona e os filhos para morar em sua fazenda na Austrália. 

Mary Carson, uma velha viúva autoritária é dona de uma vasta propriedade de criação de carneiros e não tendo filhos, sendo assim deixaria tudo aos sobrinhos. 

A narrativa passa por três gerações e os personagens principais são Meggie, a única filha entre vários homens, e Ralph de Bricassart, um padre ambicioso que passa a vida em dilema entre seguir na vida religiosa ou abandoná-la e viver plenamente seu amor. Ele não se deu conta, mas se apaixonou por ela assim que a conhece, ainda criança, quando ela chegou para morar na fazenda. 

Mary Carson, apaixonada pelo padre Ralph passa a vida tentando tê-lo a qualquer custo. Assim, não aceita muito bem quando percebe o envolvimento dele pela sobrinha Maggie. Como Ralph não responde aos seus avanços, Mary prepara-se para influenciar o seu destino, mesmo depois de sua morte. Conhecendo o desejo do padre de ocupar um alto cargo no clero, maldosamente arma uma trama para forçá-lo a escolher a Igreja, servindo-se da sua fortuna para separá-lo de Meggie. 

Aí o destino se encarrega de os colocar em caminhos diferentes. Ralph segue para Roma, é ordenado arcebispo, mas continua atormentado pelo seu amor impossível. Meggie, numa tentativa desesperada de o esquecer, casa-se com um caçador de dotes, com quem tem uma filha. 

Os homens da família Clearys aceitam assumir as rédeas de Drogheda, uma decisão que os leva à tragédia e à morte. 

Fiona, a mãe, passa a vida confinada ao silêncio e acaba por descobrir tardiamente que amou o marido. Os filhos homens ela amou desde sempre. O primogênito mais que todos... Já a filha, por ver se repetir sua amarga história ela a rejeita a vida inteira. Tanto no caso da mãe como no da filha o amor mostra a sua faceta mais dolorosa, o pássaro ferido que canta até morrer... 

Mesmo durante os anos de separação entre Ralph e Maggie persiste o clima amoroso como se a força do amor de ambos fosse tão grande a ponto de os manter unidos na distância. 

Anos depois Ralph acaba por regressar à Austrália para partilhar um breve idílio íntimo com Meggie apesar de ambos saberem que a sua felicidade é passageira. Desse encontro nasce Dane, o filho daquela união condenada. Meggie nunca contou a Ralph sobre o filho que anos depois decide entrar para o clero. 

Meggie torna-se uma mulher amargurada pelo fato de que ambos os homens a quem amou terem preferido a Igreja do que a ela mesma. Mas uma tragédia inesperada força Meggie a fazer as pazes com Ralph, a sua família e ela própria.

Pai Rico Pai Pobre (Robert Kiyosaki e Sharon Lechter)


Pai Rico, Pai Pobre conta à história do norte-americano Robert Kiyosaki. Ele conseguiu ser um investidor de sucesso e conquistar a independência financeira. A alfabetização financeira de Robert começou aos nove anos, com lições do pai de um amigo, a quem o autor passou a chamar de "Pai Rico". Foi dele que Robert recebeu as primeiras noções sobre o valor do dinheiro. Conselhos bem diferentes dos dados por seu verdadeiro pai, a quem chama de "Pai Pobre".

O objetivo deste livro é o de partilhar percepções quanto à maneira como uma maior inteligência financeira pode ser empregada para resolver muitos dos problemas comuns da vida. Sem treinamento financeiro, frequentemente recorremos a fórmulas padronizadas para levar a vida, como trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar impostos demais. Segundo o autor, cada indivíduo tem o poder de determinar o destino do dinheiro que chega às mãos. 

A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda. Ninguém mais o fará. No livro há comparações entre o pai rico e o pai pobre, tendo como principal diferença a Inteligência financeira. 

Uma combinação de várias habilidades e talentos, que necessitam também de sólidos conhecimentos em quatro grandes áreas: Contabilidade (capacidade de ler e entender demonstrações financeiras, permitindo identificar os pontos fortes e fracos de qualquer negócio), investimento, conhecimento da lei (como utilizar vantagens tributárias) e entendimento dos mercados. 

Segundo o autor, a educação formal não prepara as crianças para a vida real, e boas notas e formação não bastam para garantir o sucesso de alguém. A diferença está entre ter o controle do próprio destino ou não. O livro traz lições para controlar o destino e tornar-se bem-sucedido.

Pinóquio: "As aventuras de Pinóquio" (Carlo Collodi)


Um pedaço de madeira falante aparece misteriosamente na oficina do mestre Cereja. O marceneiro, apavorado, presenteia o amigo Gepeto com essa peça de madeira viva. Gepeto tem planos ambiciosos: fabricar uma marionete maravilhosa, capaz de dançar e dar saltos mortais, e ganhar o mundo com sua atração.Os planos do pobre marceneiro, porém, não se concretizam. Mal nasce, Pinóquio já começa com suas estripulias: arranca a peruca amarela de seu "pai", e seu nariz começa a crescer até se tornar um "narigão interminável". Daqui por diante, Pinóquio vai se meter em confusão atrás de confusão. Vende a cartilha que ganhou de Gepeto, escapa de ir à escola e vai parar no Grande Teatro de Marionetes. Ele se defronta com as artimanhas da Raposa e do Gato, que o levam para o Campo dos Milagres e tentam enforcá-lo. Do seu lado, estão o conselheiro Grilo-Falante e a Fada de cabelos azuis, que aparece para salvá-lo da armadilha do País dos Brinquedos, onde os meninos se transformam em burros. As aventuras de Pinóquio é a obra original de Carlo Collodi, publicada pela primeira vez em 1883. Em seu percurso de transformação de boneco em menino, Pinóquio enfrenta as intempéries das noites longas e frias, depara com a autoridade da lei, padece de uma fome terrível e descobre a solidão da condição humana. Fantasia, humor e ironia se combinam neste clássico da literatura, indicado para todas as idades.

  • O livro foi escrito no final do século XIX.

Papéis Avulsos (Machado de Assis)


Papéis avulsos é o terceiro livro do escritor Machado de Assis, em sua fase realista. Foi lançado em 1882. Os textos são decisivos na constituição do cânone de Machado de Assis. Com esse livro, a narrativa curta é legitimada como gênero de primeira importância no Brasil. A partir de Papéis Avulsos, onde há uma reunião de excelentes histórias, percebemos o grande aperfeiçoamento da linguagem do autor. Este livro pode ser considerado um momento de ruptura na escrita do autor. A começar pelo título, sugerindo casualidade no arranjo dos escritos, tem-se a postura sutilmente corrosiva e implacável na representação dos desvios à norma ou da incapacidade de se estabelecer uma norma para uma sociedade estruturada em bases contraditórias e violentas, sob uma camada muito tênue de civilidade. Escritos no mesmo período da renovação de Memórias póstumas de Brás Cubas, os contos reunidos no volume sistematizam traços estilísticos da forma livre, com que Machado de Assis inscreve sua obra no grande diálogo internacional da sátira menipéia, fundada no humor paródico e no relativismo cético. Em Papéis Avulsos as histórias se armam principalmente em cima do aparecer, do mostrar aquilo que se quer ser, exposto na trilogia da aparência dominante formada pelos contos A Sereníssima República, O Segredo do Bonzo e Teoria do Medalhão. Em Papéis avulsos, o autor começa a cunhar a fórmula mais permanente de seus contos: a contradição entre parecer e ser, entre a máscara e o desejo, entre a vida pública e os impulsos escuros da vida interior, desembocando sempre na fatal capitulação do sujeito à aparência dominante. Machado procura roer a substância do eu e do fato moral considerados em si mesmos; mas deixa nua a relação de dependência do mundo interior em face da conveniência do mais forte. É a móvel combinação de desejo, interesse e valor social que fundamenta as estranhas teorias do comportamento expressa nos contos que compõem os "Papéis avulsos" machadianos. Vamos aos contos:

Advertência: Machado avisa que apesar de serem contos separados há pontos comuns.

O Alienista: sátira a uma fase arrogante da medicina e uma fascinante análise do poder e de seus mecanismos psicológicos e sociais. Em O alienista o escritor nos propõe o problema da fixação de fronteiras entre o normal e o anormal da mente humana.

Verba testamentária: centra-se no comportamento patológico de seu protagonista, Nicolau. Nele, a aparente espontaneidade decorre de procedimentos formais que, igualmente, promovem a adesão do leitor ao universo ficcional. Ainda que alicerçado na ficção, o conto revela, a partir de uma perspectiva satírica, comportamentos reais, constituindo uma alegoria da natureza egotista do ser humano.

Teoria do Medalhão: narrado como um diálogo entre pai e filho.

A Chinela turca: um homem preso em um diálogo tedioso começa a se imaginar em uma narrativa fantástica. É por intermédio da visão que a “realidade” se confunde com o sonho. As transições são calcadas na visão.

Na Arca: narrado como uma escritura, com versículos. Os filhos de Noé, Sem, Jafé e Cam discutem sobre como dividir a terra após o Dilúvio. Neste conto temos uma recriação da linguagem bíblica.

D. Benedita: conto narrado em 3ª pessoa, versa sobre a psicologia feminina. A personagem é elaborada a partir do sentido do termo veleidade, que, no entanto, só será revelado ao leitor nas últimas linhas do conto. A personalidade fugaz da protagonista é contaminada pelo vírus da indecisão. Com breves pinceladas, à maneira de um pintor, surgem a hesitação, a volubilidade, a inconstância no eterno vai, não vai; casa, não casa; viaja, não viaja. D. Benedita é lapidada com tamanha perfeição que quase pode ser tocada, pressentida pelo leitor em suas pequenas ações.

O Segredo do Bonzo: narrado como um relato de um desbravador, Fernão Mendes Pinto, que visita o reino de Bungo e descobre o milagroso Bonzo Pomada, capaz de convencer outras pessoas.

O Anel de Polícrates: narrado como um diálogo entre transeuntes. Este conto, além de relatar um evento particular, constitui um caso exemplar do que seriam as limitações da felicidade humana ou a lógica caprichosa do destino. Os relatos de Cícero são exemplos de situações diversas: desapego em relação aos bens materiais e ironia diante das pequenas mentiras da vida cotidiana.

O Empréstimo: narrado como anedota. Conto onde o autor retrata dois personagens com visões diferentes sobre o dinheiro. Em O empréstimo, o autor apresenta o tabelião Vaz Nunes, em um final de expediente, recebendo a visita de Custódio, que veio lhe pedir dinheiro. O primeiro tem a capacidade de desvendar o interesse que se esconde atrás da aparência, o segundo tem “a vocação da riqueza, sem a vocação do trabalho”. Nessa hora em que se confrontam, revela-se a natureza de cada um deles. Machado mergulha com precisão detalhista no gesto de olhar por cima dos óculos, no movimento dos braços, no modo de pegar a carteira, na maneira de caminhar de cabeça erguida. São detalhes do cotidiano. Essa ação narrativa e o tempo que passa não trazem, contudo, transformação. A melancolia que perpassa essa anedota humorística deixa um travo amargo, posto que de fel irônico, no riso do leitor. A passagem do tempo não implica transformações; são personagens alegorizados e congelados, incapazes da mudança. É como se o destino estivesse consumado em vida. O leitor acompanha o confronto de disfarces entre os dois cavalheiros. A cada lance desse jogo, cada um dos contendores aparenta estar jogando a sua última cartada, ao mesmo tempo que cada uma das partes disfarça os trunfos de que ainda dispõe: a elasticidade da ambição, de um lado, e a capacidade de concessão, do outro. Encerrada a contenda, ambos parecem sair satisfeitos com o próprio desempenho cujo ganho é mínimo para um e a perda, insignificante para o outro.

A Sereníssima República: narrado como um texto científico, descrevendo a "política das aranhas" (as aranhas eram o elemento utilizado por Machado para formular a personificação no conto). A temática central do texto envolve a corrupção política e as diferentes formas de distorção de uma teoria que, quando submetida à prática, se revela como falha. Por meio de uma metáfora reflexiva, o escritor denuncia irregularidades políticas como resultado da apropriação das leis do estado.

O espelho: Machado de Assis esboça em O Espelho uma nova teoria da alma humana, subtítulo que dá para o conto; aliás, um estudo sobre o espírito contraditório do homem, simbolizado pelo espelho. Tem como tema a alma humana, metaforizada no espelho. Neste conto, o autor ironiza a sociedade da época em uma das mais arraigadas crenças do povo cristão, que é a existência de uma única alma portadora de expressão única e inabalável até então.

Uma Visita de Alcibíades: narrado como uma carta, em que um chefe de polícia descreve como o general grego Alcibíades apareceu em sua casa. É um conto em forma de carta. Um desembargador, que gosta de temas gregos e é espírita, invoca o grego Alcibíades. Não apenas seu espírito aparece, mas o homem de carne e osso. Ao ficar sabendo sobre a vestimenta nos dias atuais, o homem morre novamente. Em uma única carta ao chefe de polícia, o desembargador narra sua aventura. Não aparecem personagens femininas. O foco narrativo está em duas figuras masculinas, tanto Alcibíades quanto o desembargador estão conversando sobre a moda – que não seria um tema tradicionalmente considerado feminino? Além de tudo, este conto machadiano nos revela o contraste existente entre a vestimenta típica do homem na Grécia Antiga e a indumentária característica do homem no século XIX. Ao contrapor a toalete do herói grego Alcibíades àquela apresentada por um distinto desembargador, Machado de Assis acaba demonstrando como o próprio conceito de elegância e beleza sofre importantes modificações ao longo do tempo. Estas reflexões aproximam-se de algumas das principais idéias defendidas pelo poeta e crítico francês Charles Baudelaire, que esclarece: “cada século e cada povo tem a sua própria expressão de beleza e moral”. “Uma visita de Alcibíades” desmonta a máscara mais ostensiva da representação social identificada com os requintes da arte de se vestir. Ridicularizando a instabilidade da moda vista a partir da perspectiva de um olho estranho, o repertório metafórico mobilizado pela fala anacrônica do visitante antigo identifica, no vestuário de uma noite de gala, o estigma permanente do homem seduzido pela ostentação da elegância efêmera. O conto, ainda que seja uma sátira mordaz, é a primeira obra em prosa de ficção da literatura brasileira em que surge um personagem espírita. Nessa narrativa, o desembargador Álvarez afirma que sua conversão ao espiritismo é decorrente da descrença em todas as religiões. Contador de histórias, Álvarez relata a estranha visita que recebera de Alcibíades e assume, convictamente, a personalidade do personagem que interpreta: “Posso dizer que vivo, como, durmo, passeio, converso, bebo café e espero morrer na fé de Allan Kardec.

Verba testamentária: a história de um homem que nunca aceitava ser inferior, Nicolau B.

As aventuras de Pinóquio ( Carlo Collodi)

Um pedaço de madeira falante aparece misteriosamente na oficina de mestre Cereja. O marceneiro, apavorado, presenteia o amigo Gepeto com essa peça de madeira viva. Gepeto tem planos ambiciosos: fabricar uma marionete maravilhosa, capaz de dançar e dar saltos mortais, e ganhar o mundo com sua atração.Os planos do pobre marceneiro, porém, não se concretizam. Mal nasce, Pinóquio já começa com suas estripulias: arranca a peruca amarela de seu "pai", e seu nariz começa a crescer até se tornar um "narigão interminável". Daqui por diante, Pinóquio vai se meter em confusão atrás de confusão. Vende a cartilha que ganhou de Gepeto, escapa de ir à escola e vai parar no Grande Teatro de Marionetes. Ele se defronta com as artimanhas da Raposa e do Gato, que o levam para o Campo dos Milagres e tentam enforcá-lo. Do seu lado, estão o conselheiro Grilo-Falante e a Fada de cabelos azuis, que aparece para salvá-lo da armadilha do País dos Brinquedos, onde os meninos se transformam em burros. As aventuras de Pinóquio é a obra original de Carlo Collodi, publicada pela primeira vez em 1883. Em seu percurso de transformação de boneco em menino, Pinóquio enfrenta as intempéries das noites longas e frias, depara com a autoridade da lei, padece de uma fome terrível e descobre a solidão da condição humana. Fantasia, humor e ironia se combinam neste clássico da literatura, indicado para todas as idades.

  • O livro foi escrito no final do século XIX.