Capitão Antunes e sua mulher,
fazendeiros em Minas, obrigam a ser padre o filho Eugênio, que tem um amor de
infância, Margarida, filha de uma empregada. A certa altura, o rapaz tenta
abandonar a carreira imposta. Os pais não consentem e de comum acordo com os
sacerdotes do seminário inventam a notícia do casamento de Margarida. Eugênio
então se ordena.
No dia que chega à vila natal, é
chamado para atender a uma doente, que não é outra senão Margarida, que fora
expulsa da fazenda com a mãe que acaba por lhe contar a verdade. O temperamento
ardente da moça arrasta Eugênio ao "pecado”; ela morre e ele endoidece ao
ver o cadáver na Igreja em que ia rezar a primeira missa.
O Seminarista narra o drama de
Eugênio e Margarida que, na infância passada no sertão mineiro, estabelecem uma
amizade que logo vira paixão. O pai de Eugênio, indiferente aos sentimentos do
filho, obriga-o a ir para um seminário. Dilacerado entre o amor e a
religiosidade, Eugênio segue para o mosteiro.
Embora todo o sofrimento da perda
amorosa, o jovem dedica-se à vida espiritual (mesmo sempre triste) e acaba
ordenando-se sacerdote. Volta então à aldeia natal para rezar a sua primeira
missa. Lá encontra a sua antiga paixão, Margarida, que está à beira da morte.
Os dois não resistem ao impulso afetivo e mantêm relações. Em seguida, a
heroína morre. Eugênio, ao iniciar a missa, descobre um corpo que chega à
igreja e que aquele era de Margarida e assim enlouquece de dor afetiva e moral.
Joga sua roupa de padre no chão e sai correndo pela porta principal da igreja,
desesperado, sem controle. Estava louco de raiva.
Apesar de sua dimensão
melodramática, o romance apresenta uma das mais veementes críticas ao
patriarcalismo, em toda a literatura do século XIX.