Robin Hood (Howard Pyle)


Robin Hood, um rapaz que após matar um homem se vê obrigado a fugir para a floresta e se esconder dos guardas do rei, tornando-se um fora da lei. Em suas inúmeras aventuras e lutas, Robin conhece homens bons e corajosos que largam suas vidas para morar com ele na floresta de Sherwood. Esses homens tornam-se o bando de Robin, todos devem usar roupas verdes e serem alegres e hospitaleiros com quem passar pela floresta. 

O bando sobrevive com a caça dos cervos do rei e com o financiamento dos homens ricos da Inglaterra. Eles fazem festas em Sherwood e cobram pelo banquete e entretenimento que proporcionam. Com essas moedas, confiscadas dos nobres, o bando ajuda os camponeses da cidade, que na visão de Robin precisam de mais dinheiro que eles e que os nobres. 

Quem não fica contente as atitudes Robin Wood e seu bando é o xerife de Nottingham, que sempre tenta capturar e acabar com as festas dos homens alegres da floresta, no entanto, Robin e seu bando escapam de todas as armadilhas do xerife, deixando-o cada vez mais zangado.

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Tudo começa alguns anos antes do primeiro volume de Sobre Amor e Lobos, Locksley, quando John ainda é um homem casado e capitão da guarda de Nottingham, mas que, por algum motivo, sente um grande vazio no peito e, em vez de viver verdadeiramente, está apenas acostumado a uma rotina enfadonha. 

Seu relacionamento com a esposa, Mary, é frio, sem qualquer sentimento de qualquer uma das partes, o que, ao menos é o que me parece, é mais culpa dela do que dele, que não faz o menor esforço para ser uma pessoa agradável e afasta a todos com seu jeito. Isso faz com que John a tire do castelo e viva com os filhos em uma casa numa região afastada da cidade. No entanto, ele continua visitando a mulher e os filhos e cuidando deles com dedicação. Aliás, os filhos são a única coisa boa resultante dessa união. 

Apesar da fachada de frieza, John é um homem atraente e que desperta o interesse de muitas jovens. E a nobre mais importante da cidade (ao menos é a impressão que eu tive), fiel aos princípios que regem o amor cortês, decide que é injusto que alguém como ele fique preso a uma vida sem paixão, sem desejo, sem fogo, quando existem tantas mulheres que dariam tudo para ter ao menos uma noite nos braços do belo capitão. Começa então a criar estratagemas para mudar esse quadro, o que não deixa John lá muito feliz. 

E é em meio a isso que seu caminho se cruza com o de Elizabeth, que vem para tirá-lo do marasmo e da rotina de vez. Esses dois não são fáceis e passam por muita coisa antes de admitir o que sentem. É um verdadeiro jogo de gato e rato. Eles constantemente tomam atitudes que enfurecem um ao outro e, algumas vezes, arrumam formas não muito inteligentes de se “vingar”. 

Uma dessas ocasiões acaba resultando numa situação bastante complicada que eles precisam resolver juntos. É quando o convívio aumenta e a tentação se torna grande demais para que consigam resistir por muito tempo. Assim, depois de passarem pela provação, eventualmente, eles acabam se rendendo à paixão e ficam juntos para sempre.