“O Rouxinol”, narra a história de Vianne Mauriac e sua irmã Isabelle Rossignol. O pai destas meninas servira durante a Primeira Guerra Mundial e voltara dos campos de batalha destruído física e emocionalmente. Algum tempo depois a Sra. Rossignol acabara falecendo, o que desestruturara a família completamente. Vianne e Isabelle foram abandonadas aos cuidados de uma mau humorada senhora que cuidava de uma grande casa e ela estava na família a gerações e desde este instante a felicidade foi um assunto quase esquecido pelas irmãs Rossignol.
Aos 16 anos Vianne construira sua família ao lado do marido Antonie, saindo do julgo do pai, mas Isabelle percebera logo que naquela nova família não teria espaço para ela, indo de internato em internato, de fuga em fuga.
Anos depois, já adultas, essas garotas se veem novamente vivendo a dura realidade da guerra. Isabelle completa dezoito anos no estopim da Segunda Guerra.
Quando a França fora invadida, os nazistas começaram a tomar conta das cidades e o Holocausto começara a se espalhar por toda a Europa. Vianne se via em difíceis situações onde teria que escolher entre salvar sua família ou enfrentar o inimigo. Seu marido fora recrutado para servir durante a guerra e sua pequena filha dependia totalmente dela para sobreviver.
Já Isabelle, essa jovem rebelde e contestadora, decidira que não abaixaria a cabeça aos intrusos que estariam tirando tudo de sua família, amigos e de todos os franceses.
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França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despedira do marido, que rumara para o fronte. Vianne, dona de uma propriedade grande e com uma bela e saudável horta, via seu marido partir, sua casa ser saqueada e dominada por um alemão e sua filha crescer com fome e dor. Vianne não acreditava que os nazistas invadiriam o país, mas logo eles chegaram em hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escureciam os céus e despejando bombas sobre os inocentes.
Quando o país fora tomado, um oficial das tropas de Hitler requisitara a casa de Vianne, e ela e a filha foram forçadas a conviver com o inimigo ou perderiam tudo. De repente, todos os seus movimentos passaram a ser vigiados e Vianne fora obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.
Já Isabelle, irmã de Vianne é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Isabelle não resiste ao abuso da Alemanha e se afilia ao partido comunista, mergulhando em perigosas missões que buscavam diminuir a força do governo alemão. Enquanto milhares de parisienses fugiam dos terrores da guerra, ela se apaixonara por um guerrilheiro e decidira se juntar à “Resistência”, arriscando sua vida para salvar os outros e libertar seu país.
Com isto, as duas irmãs se afastaram por discordarem sobre a ameaça da ocupação nazista. Com temperamentos e princípios divergentes, cada uma delas precisava encontrar o próprio caminho e enfrentarem questões morais, e escolhas de vida ou morte.
Durante o período da guerra os franceses viram seus homens partirem para guerra, seus recursos naturais serem esgotados, suas casas serem invadidas, seus bens serem saqueados, e suas mulheres e crianças morrerem de fome ou serem abusadas das piores formas possíveis. Durante a guerra muitas pessoas morreram por serem diferentes, por passarem fome, por expressarem sua fé, por lutarem pelo próximo, ou por simplesmente serem mulheres.
E as irmãs Vianne e Isabelle passaram por tudo isso: roubo, separação, abuso, fome, perdas. Elas passaram anos em uma guerra e experimentaram formas dolorosas de amadurecer e vencer as dificuldades da vida.