O livro “O Vendedor de Sonhos: o
chamado” de Augusto Cury considerado por muitos um dos melhores livros do autor
foi editado várias vezes e vendido para mais de 7 milhões de pessoas somente no
Brasil. Também foi traduzido em várias línguas e, posteriormente, lido por
milhões de pessoas de diferentes países do mundo. Tanto reconhecimento e
procura não é para tanto, afinal de contas, neste livro Augusto Cury procurou
aplicar seus conhecimentos psicológicos e sociológicos sobre o comportamento
humano e seus conflitos psíquicos. A procura pelo livro foi e ainda é unânime.
Todos querem o ler para conhecer um pouco a forma de pensar deste brilhante e
inquestionável autor chamado Augusto Cury, outros ainda para encontrar conforto
e esperança nas palavras estonteantes e instigáveis da obra, pois estão
oprimidos, angustiados e enclausurados no mundo dos conflitos mentais.
Conflitos estes que são desencadeados pela a agitação e opressão do atual
sistema social do qual fazemos parte.
A obra descreve e enfatiza a vida
de um homem que se utilizou do anonimato para esconder a sua verdadeira
identidade. Era conhecido por todos como O Vendedor de Sonhos, assim como ele
próprio se declarou ao ser questionado pelas pessoas sobre sua origem e
identidade. O termo é mencionado várias vezes ao longo da obra não por acaso,
mas para dar ênfase ao que ele realmente fazia: vender sonhos para as pessoas
desoladas e angustiadas com a própria vida que tinham. Pessoas que para alguns
tinham comportamentos, vícios e ou distúrbios irreversíveis, bem como alcoólatras,
pessoas depressivas, ladrões, indivíduos que já foram presidiários, doentes
mentais e físicos, enfim, vendia sonhos para toda e qualquer pessoa que se
encontrava em situações críticas, ou seja, pessoas que viviam à margem da
sociedade, que sofriam com doenças psíquicas por terem sido abaladas com perdas
irreparáveis, tais como a morte de entes queridos, prejuízos e perdas no mundo
financeiro, ou ainda a falta de autenticidade e reconhecimento social.
Dentre esses inúmeros personagens
problemáticos que o seguiam por terem sido convidados pelo próprio Vendedor de
Sonhos vale destacar o acadêmico e professor universitário Júlio César Lambert
que sempre fora muito duro e carrasco com os profissionais e alunos da
instituição na qual trabalhava. Era autêntico e autoritário no que fazia.
Almejava a perfeição e queria que todos, inclusive seus alunos, fizessem o
mesmo. Perdera os pais ainda criança. A mãe falecera de câncer o pai
suicidou-se na sua presença, fato que o deixou profundamente constrangido.
Talvez essa fosse a explicação mais aceitável para explicar o porquê da sua
personalidade tão rigorosa e ao mesmo tempo insensata. Não tinha tempo para
conviver dignamente com os filhos e a esposa. Sempre estava ocupado com os
afazeres do dia a dia. Com tantas preocupações desenvolveu uma perturbante
depressão. Queria suicidar-se pulando do alto do edifício San Pablo. Foi nesse
contexto que ele conheceu o incrível homem que mudara por completo os rumos da sua
vida.
Passou a partir de então a
conviver com ele e desenvolver a arte de vender sonhos para as pessoas. Sempre
ficava, assim como as outras pessoas, extasiado e atônito ao ouvir as palavras
sábias e cheias de conhecimento do mestre. Questionava-se em pensamentos a si
mesmo: “Quem é esse homem que hipnotiza e cativa as pessoas com suas palavras?
Qual a sua origem? Qual o seu passado? Será ele um filósofo, um sociólogo, um sábio ou um psicótico? Era perturbado
frequentemente com questionamentos que invadiam os recônditos de sua mente.
No grupo de discípulos se
destacavam ainda o humorístico e sarcástico Bartolomeu que era um alcoólatra. O
Salomão que sofria com uma doença psicótica compulsiva. A Mônica uma jovem
modelo que sofria de Bulimia por causa das exigências do mundo da moda. O
Dimas, mais conhecido por Mão de Anjo, um ladrão de primeira categoria que não
se intimidava ao abordar uma vítima. Todos eles foram profundamente cativados
com os ensinamentos de vida do Vendedor de Sonhos. Não tinham palavras para
contradizer o que ele dizia, pois eram bombardeados com turbilhões de ideias
filosóficas que penetravam em suas mentes fazendo-os mudar suas ideias e
conceitos sobre a vida.
O Vendedor de Sonhos adquiriu admiráveis
amigos e também indesejáveis inimigos. Certo dia alguns empresários da empresa
Megasoft chegaram aos discípulos do mestre e os convidaram para fazerem uma
homenagem surpresa ao inquestionável homem que mudou para melhor a vida de
centenas de pessoas. O grupo desconfiado aceitou o convite sem saber que se
tratava de um golpe humilhante. Marcaram o endereço do encontro em um enorme
estádio da metrópole e seguiram dias depois com o mestre para o local.
Anteriormente, ele desconfiou mais aceitou o pedido por consideração aos
amigos. No estádio estavam presentes milhares de pessoas e várias emissoras de
televisão prontas para assistirem o evento. Em um telão enorme começou a serem
transmitidas algumas cenas de um indivíduo psicótico sofrendo alucinações e,
posteriormente, o homem que gravava as imagens o fazendo interrogações sobre
suas visões. As pessoas não entendiam nada. Ao final do filme melancólico os
apresentadores disseram para a platéia que se tratava do Vendedor de Sonhos. As
pessoas presentes ficaram perplexas e extasiadas, inclusive os discípulos do
semeador de idéias; não acreditavam no que estavam vendo e ouvindo. Os
apresentadores começaram a difamar e caluniar o Vendedor de Sonhos dizendo que
se tratava de um impostor, um hipócrita, um homem maluco que enganara um bando
de idiotas. O mestre fez sinal que ia sair e a multidão gritou: - Fale! Fale!
Fale!
Ele começou a falar e dizer que
fora um empresário muito rico, milionário. Alguns que o reconheceram e
lembraram que se tratava do dono da empresa Megasoft ficaram chocados com a
atitude humilhante do grupo de empresários da mesma empresa. Continuou dizendo
que nunca deu atenção a seus filhos e a esposa como deveria o fazer. Contou que
certo dia eles morreram de um acidente de avião e que os céus desabou sobre ele
a partir daquele dia. Profundamente depressivo passou a valorizar as pequenas
coisas da vida, como amar ao próximo e disseminar palavras de esperança e
conforto para com os mesmos. A partir daí passou a viver no mundo e para o
mundo tentando se redescobrir a cada dia, pois sempre dizia que era apenas um
caminhante que estava à procura de si mesmo.
Ao proferir estas palavras todos que
estavam no estádio o aplaudiram incessantemente, sobretudo, alguns líderes
empresariais. Ele chorou assim como muitos que estavam ali presente. Mostrou
para a humanidade através das emissoras que ali se faziam presentes o quanto o
ser humano é pequeno, hipócrita e imperfeito. Mostrou também o poder destrutivo
do dinheiro quando idolatrado e mal administrado. Não mais idolatrava bens
materiais, pois dizia que estes destruíam a humildade, a honestidade e a
sanidade humana. Queria apenas vender sonhos à humanidade, restituir valores e
preceitos perdidos. Baseava-se nos ensinamentos calorosos do Mestre dos
Mestres, Jesus Cristo o filho do homem. Assim como Ele, foi humilhado perante
milhares de pessoas, porém suportou tudo silenciosamente sem reclamar.
Que este resumo fortaleça e
sirva como exemplo de vida para muitos que estão perdidos sem saber o que fazer
para apaziguar as suas angustias e anseios.