Sinhá-moça (Maria Dezonne Pacheco Fernandes)


A história se passa em 1886, dois anos antes da promulgação da Lei Áurea, numa pequena vila do interior paulista, Araruna.
Conta a história de amor de Sinhá-Moça, filha do coronel Ferreira e também barão de Araruna, homem inflexível e escravocrata, pelo jovem Dr. Rodolfo Fontes, advogado recem-chegado da capital onde fora estudar, um ativo militante abolicionista e republicano, que usa uma máscara para libertar escravos e corteja sua amada sem que ela saiba ser este mascarado seu amado.
A partir de personagens como o delegado covarde, o feitor cruel, o médico humanitário procura mostrar o retrato de uma época determinante para a história do Brasil. A autora participou da elaboração do roteiro do filme homônimo, que se transformou num dos maiores sucessos do cinema brasileiro. Sinhá-Moça também foi adaptado com sucesso para a televisão, em 1986 e 2006.
Por tamanho sucesso foi feita duas adaptações deste livro para a TV em forma de novela. Ana do Véu uma personagem da novela fascinou o público nas duas versões, lançando para a celebridade suas intérpretes.
Este livro aborda a ética, e a pluralidade cultural, além de ser uma referência histórica para iniciantes. Conta a transição da lavoura de café que usava a mão -de - obra escrava e a chegada dos primeiros imigrantes vindo da Europa para substituí-los. Mostra a luta dos abolicionistas para encerrar de vez com esta vergonha que foram os trezentos anos de escravidão no Brasil. Ressalta a importância da imprensa na divulgação das idéias abolicionistas.
Publicado em: dezembro 29, 2008