Diva - José de Alencar

Diva é um romance urbano. Nele a heroína Emília, bela e rica, filha mimada de um capitalista carioca fica dividida e confusa frente ao amor de Augusto. Diva narra a história de Emília Duarte. O narrador, em primeira pessoa, é o homem que a ama, Augusto Amaral. Emília é uma adolescente muito retraída e tem aversão a que estranhos a toquem. Uma enfermidade a leva quase à morte. É chamado um médico recém-formado, colega de seu irmão, Dr. Augusto Amaral. Augusto dedica-se a Emília, mas ela se recusa a ser tocada e não o deixa sequer entrar no quarto. Apesar de tudo, Augusto consegue salvar a moça, o que faz com que ela o odeie, temendo que ele exija sua amizade como recompensa. Seguem-se várias discussões e brigas entre os dois, onde se revela o caráter de Emília, extremamente instável e voluntariosa. Os dois ficam assim presos em jogos de amor, amizade e desprezo que são por vezes infantis e outras humilhantes. Augusto se declara, Emília diz não o amar.
 Augusto acaba apaixonando-se por Emília, mas as atitudes dela são tão incertas que acabam por levá-lo ao desespero. Ao final, tudo se reequilibra e termina bem, quando Emília revela seu amor pelo médico. Eles vivem felizes para sempre, num romance que segue ao pé da letra o estilo folhetim: heróis perfeitos, um obstáculo para o amor (a dúvida de Emília) e um final feliz no último instante. (Meio que não importante dizer isto, mas a declaração final de amor de Emília deve ser a epígrafe do Manifesto Machista.)
No final do Capitulo III, a personagem Emília é comparada a uma Vênus moderna, a diva dos salões, explicando assim o título do livro: Diva.