O médico e o monstro (Robert Louis Stevenson)


Utterson era um sujeito tranquilo, de respeito, além de um competente advogado. Sua integridade era notória e seus hábitos, louváveis. Mas era, como qualquer um, movido por curiosidades. E uma das que mais lhe incomodava era o testamento de seu cliente e amigo, Dr. Henry Jekyll.
Havia um tal Sr. Hyde na vida do médico, um sujeito que, estranhamente, era herdeiro de Jekyll, ainda que não tivessem nenhum parentesco, ainda que Utterson jamais tivesse visto o amigo acompanhado desse tal Hyde. E o advogado ouvira bastante sobre esse misterioso homem.

Os relatos das atrocidades provocadas pelo Sr. Hyde parecia aumentar. A princípio, uma crueldade "leve", a ponto de escandalizar um grupo de pessoas, mas não o suficiente para torná-lo perigoso aos olhos da cidade. No entanto, suas atitudes tornavam-se cada vez mais sádicas, como se um monstro sem moral e limite aflorasse noite após noite, provocando dor e crime sem nenhum resquício de remorso na manhã seguinte.
Utterson ficava cada vez mais curioso a respeito dessa estranha relação entre o médico e um desconhecido com má fama. Havia algo naquela história que o incomodava e, seguindo seus instintos, decidiu que era hora de descobrir. E era nas respostas que o terror se abrigava, longe da luz e de qualquer bondade que o coração humano pudesse sentir.
   
Dr. Jekyll era, na verdade, o próprio Dr. Hyde. A história em si é famosa, quando as pessoas usam a expressão "médico e monstro" ao se referir a alguém de personalidade dupla, uma boazinha e outra horrenda. Hyde era o monstro.
Utterson, no entanto, precisava chegar a essa informação por conta própria e, ao receber Poole, o criado do seu amigo, pôde perceber que a situação estava cada vez pior. Ao que parecia, ninguém na casa de Jekyll queria aproximar-se do patrão.

 "- Agora caminhe o mais silenciosamente possível - disse Poole - é necessário que o senhor ouça sem, contudo, ser pressentido. E, se ele o convidar a entrar, não o faça, em absoluto."

Utterson, depois de muita dificuldade, obteve documentos que resolveriam todo o mistério. Dr. Hery Jekyll desenvolvera uma droga capaz de transformar um homem, literalmente. Não apenas sua personalidade, como seu próprio corpo sofria drásticas mudanças. A transformação era dolorosa, mas ao fim dela, a sensação era libertadora. A nova personalidade era desprovida de moral, de senso ou limite. Era capaz de fazer tudo o que queria, até mesmo sentir prazer em causar sofrimento.
À princípio, segundo o diário de Jekyll, o experimento era maravilhoso. Durante a noite, transformava-se em Hyde e vivia uma vida sem barreiras ou peso de consciência. Era apenas ele e suas vontades. Mas o controle de uso da droga fora negligenciado. Logo, Hyde tornou-se a mente dominante e, para manter viva a aparência e sanidade de Jekyll, era preciso tomar os remédios. O médico fora substituído pelo monstro e, para mantê-lo latente, a droga era, agora, uma necessidade.
O fim, como toda história de terror, não tem um final feliz, mas é de longe um fim trágico. Acho que podemos dizer que a história termina com um grande nevoeiro e sombras ao pé da escada, e ninguém nunca saberá o que há por trás disso.



Resumo por capítulos: 

Capítulo 1: A história começa em um domingo, com o advogado Mr. Utterson e seu amigo Enfield caminhando pelas ruas de Londres. Enfield, em certo ponto da caminhada, aponta para uma porta e pergunta se Utterson conhecia o local. Utterson diz que não e Enfield conta que certa madrugada de inverno, presenciou uma garotinha sendo pisoteada ali perto. Após agarrarem o pisoteador, calmo e frio diante da multidão que se formou, e exigirem reparação, ele entrou por aquela porta e voltou com moedas de ouro e um cheque cuja conta pertencia a um cavaleiro de prestígio da cidade. Pensaram que o cheque era falsificado, mas aguardaram o banco abrir e descobriram que o cheque tinha fundos e o malfeitor podia ser libertado. O fato levou-os a pensar que o cheque tivesse sido obtido por meio de chantagem. Utterson fica sabendo que Hyde era o nome da pessoa que tinha a chave daquela porta e Enfield já havia visto-o entrar outras vezes lá. Os dois selaram um pacto, de não falarem mais sobre o assunto. Há a descrição de Utterson. 

Capítulo 2: Naquela noite, Utterson, advogado, analisou o testamento do Dr. Henry Jekyll, manuscrito, que estava guardado em seu cofre. O testamento deixava claro que Hyde era o beneficiário dos bens do médico cientista em caso de desaparecimento ou ausência inexplicável. Pensando na história contada por Enfield, fica preocupado e decide fazer uma visita ao ex-colega de escola e grande amigo, Dr. Lanyon, para tentar entender por que Hyde está incluído no testamento. Lanyon, afastado de Jekyll há quase uma década, por achar que o médico assumiu uma postura que não o agrada, não ajuda. Utterson vigia a porta por alguns dias, encontra Hyde e conversam. Utterson como Enfield tem sensação ruim e teme pela vida de Jekyll. Utterson vai à casa de Jekyll, o mordomo Poole diz que Jekyll não está, mas confirma para Utterson que o Sr. Hide tem a chave da edícula dos fundos e que todos os criados são orientados a obedecê-lo. Utterson sai convencido de que Jekyll está sendo chantageado por Hyde, talvez por coisas que tenha feito no passado. Utterson sai preocupado com Jekyll. 

Capítulo 3: Duas semanas depois, Jekyll convida alguns amigos para jantar e entre eles, Utterson, que é o último convidado a ir embora e aproveita para perguntar a Jekyll sobre o testamento e desaprovar os termos do documento, pois soube algumas coisas sobre Hyde. Jekyll fica pálido ao ouvir o nome de Hyde e diz que sua relação com Hyde é estranha e dolorosa. Utterson insiste, e Jekyll diz que pode se livrar de Hyde quando quiser e Utterson não deve se preocupar mais. Assegurou-se de que os termos do testamento serão respeitados e conclui que apenas se faça a justiça, se for necessário. 

Capítulo 4: Quase um ano se passa, numa noite de outubro, há o assassinato de Sir Danvers Carew, respeitado cavalheiro londrino, presenciado por uma empregada que reconheceu o Mr. Hyde como o assassino. A empregada desmaiou ao presenciar a agressão. No bolso da vítima, a polícia encontrou uma carta endereçada ao advogado Utterson, que, chamado, identificou a vítima. Utterson reconheceu uma bengala quebrada, que foi usada como a arma do crime, pertencendo ao Dr. Jekyll. Utterson leva os policiais até à casa de Hyde e a revistam. Percebem que o mesmo saiu às pressas e atrás de uma porta encontram a outra metade da bengala usada no crime. O inspetor quis colocar cartazes de “PROCURADO” pela cidade, com o rosto de Hyde estampado neles, mas descobre ser impossível pois Hyde nunca fora fotografado e as pessoas que o viram são incapazes de descrevê-lo.

Capítulo 5: Mr. Utterson (O advogado) é recebido por Poole (mordomo) na casa de Dr Jekyll e é levado ao laboratório do lado de fora da casa e encontram Jekyll doente. Utterson quer saber se Jekyll esconde Hyde e este garante que nunca mais colocou ou colocará os olhos nele. Utterson continua preocupado com os termos do testamento e o que podem representar para a segurança de Jekyll. Utterson parte levando o bilhete que recebeu de Jekyll, escrito supostamente por Hyde, dizendo que não mais causará problemas ao doutor. Ao chegar em casa, Utterson mostra o bilhete ao seu contador e especialista em grafologia, Mr Guest. Este acha que o bilhete foi escrito de modo estranho. Nesse momento, um empregado traz um convite de Jekyll para Utterson. Analisando e comparando ambas as caligrafias, Guest conclui que são similares, com pontos em comum, mas com inclinação oposta. Após ficar sozinho, Utterson guarda o bilhete no cofre, certo de que seu amigo Jekyll forjou o bilhete para encobrir Edward Hyde. 

Capítulo 6: Ninguém deu a Scotland Yard informações sobre o assassinato de Carew. Hyde nunca mais foi visto. Jekyll, saudável, voltou a receber os amigos. De uma hora para outra, Poole impede Utterson de visitar Jekyll. Utterson preocupado com a saúde de Jekyll, resolve visitar o Dr Lanyon, mas este está doente, em profundo estado de terror e diz que nunca mais quer ouvir falar de Jekyll e que o considera morto. Em casa, escreve uma carta a Jekyll querendo saber o que houve entre os dois ex colegas. No dia seguinte, a resposta de Jekyll, em forma de carta enigmática, vem afirmando que também não quer ver Lanyon nunca mais. Lanyon morre três semanas depois e Utterson recebe uma carta com dois envelopes, sendo instruído a abrí-la após a morte ou desaparecimento de Henry Jekyll. Fiel ao pedido, coloca o envelope no cofre. A partir desse terceiro dia, tenta reencontrar Jekyll mas o mordomo Poole não permite sua entrada à casa. Jekyll está vivendo sozinho em seu laboratório e não quer ver ninguém. 

Capítulo 7: É domingo e o advogado Mr. Utterson e seu amigo Enfield estão caminhando pelas ruas de Londres. Eles passam novamente pela porta de Hyde (Aquela que haviam combinado de nunca mais falar) e voltam a falar sobre Hyde e a repulsa que se sente ao olhar para ele. Ambos decidem virar a esquina e tentar conversar com Jekyll. O encontro dos três é bastante DRAMÁTICO: Jekyll à janela, doentio e desanimado, diz aos dois que sente que sua morte está próxima e que será um grande alívio para ele mesmo. Recusa-se a caminhar com os dois e diz aos dois que os convidaria a subir, se não fosse a desorganização. Após dar um rápido sorriso aos amigos, muda sua fisionomia e sua face torna-se aterrorizada e desesperada, o que deixa os observadores assustados. Jekyll fecha a janela violentamente e os dois vãos embora pálidos e perturbados. 

Capitulo 8: Mr. Utterson estava sentado junto à lareira certa noite após o jantar quando foi surpreendido pela visita de Poole. 
     "- Agora caminhe o mais silenciosamente possível - disse Poole - é necessário que o senhor ouça sem, contudo, ser pressentido. E, se ele o convidar a entrar, não o faça, em absoluto."

Capítulo 9: Segundo Lanyon escreve, Jekyll mandou a ele uma carta pedindo-lhe o favor de ir à sua casa, entrar no laboratório e pegar todo o conteúdo de uma determinada gaveta. Depois Lanyon deveria levar tudo para a casa dele e entregar a uma pessoa que iria buscar. Contrariado, Lanyon fez o favor a Jekyll. Um homem pequeno, deformado, usando roupas que ficavam muito grandes para ele foi à casa de Lanyon buscar o conteúdo da gaveta. Pegou o frasco e perguntou se Lanyon queria ver o que iria acontecer. Amedrontado, mas curioso aceitou ver. Ao beber a poção, a figura deformada deu um grito, contorceu-se e seu corpo como se derreteu, dando lugar a figura esguia e alta que Lanyon reconheceu ser Henry Jekyll. Presenciar a transformação e ouvir os relatos de Jekyll fizeram que Lanyon ficasse totalmente descrente da medicina, da humanidade e de seus conhecimentos científicos. A criatura que havia entrado em sua casa era Edward Hide, o assassino de Sir Carew, e se transformara em Jekyll. 

Capítulo 10: Em um relato em primeira pessoa, Jekyll fala de sua infância, de como se tornou um médico famoso, distinto e de suas primeiras experiências tentando estudar a natureza dual do ser humano. Jekyll afirma que estudou e refletiu muito antes de começar seus primeiros experimentos. Ele diz ter tomado a poção pela primeira vez e ter experimentado a sensação de ser uma pessoa totalmente má. Ele afirma que ao olhar-se no espelho, sua aparência física ficou mudada. Ao voltar a ser Jekyll, ele passa a sentir necessidade de tomar novamente a poção, para viver a liberdade de ser outra pessoa, de estar no corpo de Hyde, pois este era jovem e vigoroso. Jekyll sentia que mesmo que Hyde fizesse coisas erradas, ele estaria isento de culpa, já que eram pessoas diferentes. Aos poucos, a transformação em Hyde passou a fugir do controle do médico e Jekyll começou a temer o contato com as pessoas e a possibilidade de ferí-las sem querer, caso se transformasse em Hyde subitamente. Jekyll afirma que tentou abandonar Hyde após descobrir que havia assassinado uma pessoa, mas não conseguiu manter sua decisão. Hyde começou a lutar para assumir a vida de Jekyll. Certo dia, mesmo sem tomar a poção, transformou-se em Hyde e teve de pedir ao amigo Lanyon para ir ao laboratório pegar o antídoto. Naquela noite, Lanyon presenciou a transformação de Hyde em Jekyll, e isso foi demais para o amigo, que veio a falecer. Jekyll não era mais capaz de controlar Hyde, que assumia seu corpo quando bem quisesse. Assim, Jekyll planeja eliminar Hyde da maneira mais drástica possível: Suicídio!

As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley)


Brumas de Avalon (The Mists of Avalon) (1979) é uma obra escrita em quatro volumes. O ambiente da história reporta-nos á lendária vida do Rei Arthur e seus 12 cavaleiros da Távola Redonda, que no final do século V expulsaram os saxões da região. 

Avalon é uma ilha lendária situada, acreditam os arqueólogos, na cidade de Glastonbury, na planície de Somerset, sudoeste da Inglaterra e a 150 quilómetros da sua capital, Londres. A origem do seu nome é celta – abal – que significa maçã. Avalon foi palco do nascimento da religião da Deusa-Mãe, cuja continuidade foi posta em causa pelos Saxões. Estes varriam o país matando igualmente cristãos e seguidores da deusa de Avalon. Se um grande líder não unisse cristãos e pagãos, a Bretanha estaria condenada ao barbarismo e Avalon ao desaparecimento. Lá viviam os seres elementais, como fadas, ninfas e elfos, além das sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza. Era magicamente iluminada pelo Sol e densas brumas obscureciam o caminho até ela, onde tudo florescia, e só quem bem conhecia os caminhos da magia era capaz de vencer as suas brumas.

Viviane era, por essa altura, a grã-sacerdotisa de Avalon e passou a visar apenas um objetivo: salvar Avalon dos saxões. Ela teve uma visão na qual o rei morreria em 6 meses sem deixar herdeiros. Viviane comunica então a Igraine sua irmã que ela irá gerar este líder, mas não com o Duque Gorlois seu marido, mas sim com um homem que usa o símbolo do dragão e que é um seguidor da deusa, o rei Uther Pedragon. Igraine que também era seguidora da antiga religião e praticante secreta da antiga magia não vê com bons olhos esta ideia. 

Viviane planeja salvar Avalon através da unção e treino da sua sobrinha, Morgana, filha de Igraine e Gorlois, como sua sucessora, manipulando a linhagem real para gerar Arthur, um rei que abraçará tanto as crenças pagãs quanto o cristianismo. Desta forma Avalon seria salva, pois, a ilha é o centro pagão do poder e um mundo místico invisível. Porém, conforme o cristianismo avança pela Inglaterra e mais pessoas se afastam da Deusa, esse reino misterioso torna-se difícil de alcançar até mesmo para os que têm fé. E a ambiciosa Morgause, que era irmã de Igraine, empenhava-se em frustrar os seus planos. Viviane tem um temperamento determinado e boas intenções, mas comete um erro que atingirá Morgana pessoalmente e afetará toda a Bretanha. 

O que Igraine desconhece é que o rei Uther Pedragon se apaixona por ela e pede secretamente ao mago Merlin, sábio personagem que teve origem na magia dos druidas, bruxos dos celtas, para ter uma noite com ela. Merlin o fez, por poucas horas, à imagem e semelhança de Gorlois. E então gerou Artur. 

Mais tarde os dois meio-irmãos inseparáveis foram separados: Morgana para ser educada como sacerdotisa foi entregue a Viviane e Artur partiu para junto de Merlin para ser educado por ele. Pedragon morreu uma década e meia depois, deixando o país sem rei. Nesta condição, Merlin propôs que quem conseguisse possuir Excalibur, uma espada com poderes mágicos cravada numa rocha, seria o novo rei. Arthur conseguiu possuí-la. 

Depois de revelada a sua filiação, mergulhou em batalhas pela unificação do país, com ajuda dos 12 cavaleiros da Távola Redonda, reinando com nobreza espiritual, amor cortês e justiça, cuja história está também ligada à busca do Santo Graal. Mais tarde casou com a princesa Guinevere, com a qual não teve filhos. Ela apaixonou-se por Lancelot, o melhor e mais fiel cavaleiro de Arthur, com quem foge quando o rei estava em Roma. Mordred, filho de Morgana, concebido num ritual de fecundidade que acontecia entre as sacerdotisas de Avalon, planeia por esta altura usurpar o trono do rei Artur. Neste ritual, homem e mulher desconheciam a identidade um do outro. Ela deitar-se-ia pela primeira vez com um homem escolhido, aquele que matasse o lobo numa importante caçada. Era conhecida como a cerimónia do Gamo Rei. Assim e entre irmãos, conceberam Mordred. 

Artur retorna de Roma e mata Mordred, mas é também mortalmente ferido. Arthur foi levado por sua irmã Morgana para o lago, onde através dos poderes que a deusa havia lhe dado poderia retornar a Avalon, já que ela desprezou a deusa. No caminho, ela foi recusada e a única forma de eles retornarem a Avalon era Arthur devolver a Excalibur ao lago onde quem habitava era a deusa. Arthur não resistiu á viagem e morreu, mas existem lendas que dizem que ele só está adormecido, esperando para voltar num futuro próximo. Segundo consta a lenda, Avalon é o lugar onde está enterrado o corpo do Rei Artur. Uma tradição milenar relata também que está em Glastonbury o Poço do Cálice Sagrado, onde José de Arimatéia, amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus Cristo.

O silêncio das águas (Brittainy C. Cherry)


Terceiro livro da série Elementos da autora Brittainy C. Cherry. 

Quando tinha seis anos, Maggie May viu seu pai casar-se outra vez, com a promessa de que agora seria para sempre. Ele e a pequena então mudaram-se para a casa da nova família e logo de cara um laço os uniu. Maggie ganhou dois irmãos, Cheryl e Calvin, e também ganhou Brooks, o melhor amigo do irmão e vizinho da família. 

Com o passar do tempo, Maggie desenvolveu uma paixonite por Brooks e atormentava o garoto com planos para o casamento deles que ela já havia idealizado. Brooks, contudo, não suportava o som da voz de Maggie May e fazia de tudo para fugir da presença da menina. Isso até um beijo colocar tudo à prova. 

No dia que seria o seu "ensaio de casamento", Maggie está esperando por Brooks na floresta quando presencia um ato terrível. Um homem tira a vida da esposa no lago e quando este percebe a presença da menina observando tudo tenta matá-la também. Porém, Maggie May consegue escapar, mas não sem um forte trauma que muda sua vida para sempre. 

Maggie não sai mais de casa, não diz uma única palavra. Tudo que consegue fazer é viver uma série de aventuras nas páginas dos livros que o pai lhe traz periodicamente. Tudo e todos passam a girar em torno do trauma dela e isso faz com que sua irmã caçula a deteste por isso. 

Os anos passam e, já adolescente, Maggie ainda segue atormentada pelos fantasmas de seu passado. Desde o fatídico dia, ela não disse mais nenhuma palavra ou colocou os pés para fora de casa. 

Um acidente com uma velha vizinha, fará com que Brooks volte para casa junto com os rapazes e todo o sentimento que havia entre eles estará ali de volta e negar esse amor novamente não está nos planos de Brooks. Ele prometeu proteger Maggie de tudo e tornou-se o melhor amigo dela, ajudando-a todos os dias a enfrentar seus medos.

Logo, Brooks e Maggie se rendem mais uma vez aos seus sentimentos. Mas como manter esse relacionamento sabendo que Maggie poderá nunca mais sair de casa e Brooks tem toda uma vida com a banda pela frente? A forma que cada um lida com seus traumas é única e particular. 

No entanto, para que o amor de Brooks e Maggie fosse vivido intensamente, um acidente aconteceu para destruir a carreira de Brooks e Maggie teve que lutar bravamente pela vida do amado. Nisso ela teve que ir contra os seus fantasmas e trazer Brooks novamente de volta a vida da mesma forma que ele havia ajudado ela. 

Mas, enfim, os protagonistas finalmente ficaram juntos depois de terem passado por muita coisa!