Se eu Ficar (Gayle Forman)


Mia, é uma adolescente que é muito normal, mas tem os pais mais anormais do mundo. Seus pais são roqueiros e super modernos, e ela ama música clássica e toca violoncelo. E seu namorado também ama rock e ainda toca em uma banca de rock. Apesar dessas diferenças ela se dá muito bem com sua família e ama cada um deles. 

Até que um acidente acontece e nesse acidente seus pais e irmão morrem e ela fica em estado de coma, mas ainda sim via tudo fora do corpo, ela vê as pessoas em volta orando para ela voltar. 

“Se Eu Ficar” conta a história de Mia, uma adolescente talentosa, tímida e que ama muito sua família. Ela é violoncelista e está a um passo de entrar em Julliard, tem uma melhor amiga sensacional, um namorado rock star e tudo parece normal e certo em sua vida, até um dia fatídico em que ela e sua família sofrem um acidente de carro. 

Mia perde seus pais e fica em coma em estado gravíssimo. No entanto, a maior surpresa é quando ela percebe que está fora do seu corpo e consegue ver tudo o que acontece ao seu redor, inclusive o seu próprio corpo sendo levado urgentemente para o hospital. Assim, ela acompanha, como se estive separada por um vidro do mundo real, os acontecimentos que se desenrolam ao trágico acidente, a aglomeração de parentes que vem lhe dar apoio, Adam (seu namorado), que tenta desesperadamente vê-la e Kim (sua melhor amiga) que mesmo Mia estando em coma lhe dá palavras de conforto. É lindo o cuidado e o amor que Mia tem pelo irmão e muito bonito o amor do namorado dela para com ela. 

Anestesiada e suspensa entre a vida e a morte, tentando entender o que está acontecendo ao seu redor, Mia tem algumas horas para reavaliar sua vida, considerar seu futuro e decidir se quer desistir de tudo ou lutar para continuar viva. Ela passa a ser expectadora da própria vida no leito do hospital. 

Não é nada fácil lidar com a morte. Você simplesmente não tem como descobrir quais serão seus últimos momentos de felicidade, aqueles que antecedem uma tragédia ou uma descoberta aterradora. “Eu percebo agora que morrer é fácil. Viver é difícil.” 

É um livro que nos faz refletir e avaliar o valor da vida. Nos mostra que nada é garantido neste mundo. Em um momento podemos estar felizes ao lado das pessoas que amamos e no minuto seguinte perdê-las.

Orgulho e Preconceito (Jane Austen)


Orgulho e Preconceito é a obra mais popular de Jane Austen. O enredo tem lugar na Inglaterra do início do século XIX, onde vive a família Bennet, com cinco filhas. Toda a família vivia na área rural em Hertfordshire.

A principal personagem é Elizabeth Bennet, ou Lizzy como é chamada, uma bela mulher de 20 anos, possuidora de uma mente ágil e ainda mais ágil na língua. A amada irmã mais velha de Elizabeth, Jane, é mais gentil, mas igualmente, se não mais, atrativa. Outra irmã, Mary, é uma pregadora sem-graça, apaixonada por livros, enquanto as outras, Kitty e Lydia, são descuidadas e paqueradoras adolescentes, atraídas por homens de uniforme. 

Mr. Bennet, pai das moças, é um excêntrico que passa a maior parte de seu tempo se escondendo em seus estudos (um refúgio por sua esposa irritante), e o resto de seu tempo fazendo sarcásticos comentários desmerecendo sua família. Enquanto isso, a queixosa Sra. Bennet, esposa do Sr. Bennet está desesperadamente determinada a assegurar bons partidos para as suas 5 filhas, enquanto tenta manter seus nervos em controle. Como é costume da época, toda a herança da família é herdada pelo filho homem, mas com cinco filhas todos os bens da família Bennet está destinado para um parente distante, e nesse caso o primo Mr. Collins seria o único herdeiro. 

Então isso é mais do que o suficiente para deixar a matriarca da família desesperada para casar logo suas filhas. Quando a propriedade de Netherfield é alugada pelo Mr. Charles Bingley, a senhora Bennet enlouquece ao se deparar com um alvo perfeito para formar um laço com alguma de suas filhas e ela não vai poupar esforços para que isso ocorra. O Mr. Bingley trouxe consigo algumas pessoas que ficariam instaladas em sua casa pelo tempo que ele passasse em Hertfordshire, sua irmã Caroline e seu melhor amigo, Mr. Darcy. 

O plano da Sra. Bennet acaba se perdendo já que o Sr. Bingley se encantara foi por sua filha mais velha Jane. E isso deixa os Bennet totalmente ouriçados! Em contra partida, temos o Sr. Darcy que apesar de ser um amigo muito leal ao Sr. Bingley, fica recluso em seu casulo durante toda a sua estadia em Hertfordshire. Por esse fato, ele é visto por todos ao seu redor como um rico metido, arrogante e orgulhoso - e chega até a desfazer de Elizabeth. Este preconceito contra ele é agravado pela intriga de Mr. Wickham, que apesar de ser mais interessante aos olhos de Lizzy do que o Mr. Darcy, ele possui um mal caráter. 

Mr. Bennet faz tudo que está ao seu alcance para aproximar Mr. Bingley da sua filha preferida, Jane, enquanto pressiona Lizzy para aceitar a proposta de Mr. Collins, já que este a pedira em casamento. Mas tudo lhe corre mal, pois Mr. Collins acaba sendo rejeitado por Lizzy. 

Enquanto isso Mr. Bingley acaba por abandonar a região e também os seus propósitos de se casar com Jane, devido à influência de Mr. Darcy, que considera a família Bennet muito abaixo da sua condição social.

Quanto a Mr. Darcy, o amigo de Mr. Bingley, apesar do seu orgulho, ele pede Lizzy em casamento, que recusa a sua proposta. A sua maneira de ser extremamente arrogante torna o pedido quase ofensivo para Lizzy. 

Porém o preconceito de Lizzy contra Mr. Darcy começa a desvanecer logo em seguida, quando ele lhe entrega uma carta onde explica a sua versão do seu desentendimento com Wickham, que era afilhado de seu pai. Após a morte deste, Wickham recusou a assumir compromissos que havia feito e após exigir dinheiro a que não tinha direito, vinha tentando seduzir a irmã mais nova de Mr. Darcy. Na carta, Mr. Darcy pede ainda perdão se a ofendeu com as suas palavras, mas reafirma que a sede de dinheiro demonstrada por Mr. Bennet, ou o comportamento das suas irmãs mais novas, são razões fortes para ela e a irmã Jane não poderem ser consideradas como um bom partido. 

Quando Lizzy faz uma visita a Pemberley, à propriedade dos Darcy, na companhia dos seus tios, ela tem oportunidade de conhecer melhor a sua personalidade e pouco a pouco, ela percebe que Darcy no fundo é um homem bom. 

Então, se de início Mr. Darcy é mal educado ferindo o orgulho de Lizzy, com o tempo ele se redime de cada erro e passa a ser mais educado. Por isso mesmo, o encanto desse romance é a forma como Lizzy e Mr. Darcy acabam se apaixonando e como o amor deles é construído com o desenrolar da história, substituindo o desprezo pela admiração de Lizzy. 

Pouco tempo depois, a irmã mais nova de Lizzy, Lydia, foge com Wickham, que revela o seu verdadeiro caráter e a tragédia abate-se sobre a família. Mr. Darcy, preocupado com Lizzy, procura Wickham e obriga-o a casar-se com Lydia, com a cumplicidade dos tios de Lizzy, a quem pede segredo. 

Mais tarde, Mr. Bingley reaparece e resolve pedir a mão de Jane em casamento. 

Lady Catherine de Bourgh, tia de Mr. Darcy, temendo uma união desastrosa na sua família, faz uma visita a Lizzy em que exige que ela se afaste de Mr. Darcy, para que este possa se casar com a filha dela. 

Porém Lady Catherine não conseguiu afastá-los pois Lizzy ao saber pelos seus tios que foi Mr. Darcy quem procurou e obrigou Wickham a se casar com sua irmã Lydia, Lizzy enfim aceita o pedido renovado de casamento feito por Mr. Darcy e ela claro.... aceita de imediato!

A Revolução Francesa (Eric Hobsbawn)


Há um mundo anterior e outro posterior à Revolução Francesa. A Revolução Industrial transformou as relações de trabalho e impulsionou os setores econômicos, mas a Revolução Francesa atingiu mais fundo. O movimento de 1789 alterou o cotidiano da população, modificou o conceito e o vocabulário do nacionalismo, forneceu códigos legais, um sistema de medidas, enfim ela forneceu a ideologia transformadora que rompeu barreiras, inclusive dos países que resistiam às ideias europeias. 

O final do século XVIII foi marcado por uma série de revoltas e agitações políticas nos diversos cantos do planeta. Colônias buscavam autonomia, Estados lutavam por independência e no meio de tudo isso a Revolução Francesa pode ser apontada como a que teve maior alcance e repercussão. A crise do antigo regime não se limitou a França e nem a Revolução Francesa foi um fenômeno isolado, contudo suas consequências foram mais profundas. Primeiro porque aconteceu no mais populoso e poderoso Estado da Europa, em segundo ela foi muito mais radical que outras revoltas que a precederam e em terceiro a revolução Francesa foi a única marcada por uma caráter ecumênico. Enfim, a Revolução Francesa é um marco em todos os países. 

A Revolução Francesa foi a revolução do seu tempo. É preciso entender suas origens e as condições para que ela eclodisse na França. A primeira coisa a ser feita é procurar suas condições gerais na situação específica da França e não na Europa em geral. Rival econômica da Grã-Bretanha, a França, viu o crescimento da influência política e o avanço econômico alcançado pelos ingleses. Houve tentativas de alavancar a economia francesa como as propostas de Turgot, o problema é que essas ações esbarravam na máquina administrativa da monarquia absolutista. Os nobres franceses gozavam de privilégios como a isenção de vários impostos e o direito de receber tributos feudais, porém a monarquia absoluta havia destituído os nobres de sua independência e responsabilidades políticas delegando à classe média ascendente as funções administrativas. No decorrer desse processo os nobres observaram o esvaziamento de suas riquezas e passaram a pleitear as funções oficiais exercidas pela classe média. Resultado desse processo foi o conflito entre a estrutura oficial com interesses estabelecidos no Antigo Regime e as novas forças sociais ascendentes. Esse fenômeno foi mais agudo na França. 

Usando seus direitos feudais a nobreza não exasperava somente a classe média, mas atingia profundamente através da extorsão, o campesinato. Essa classe que representava 80% da população da França e enfrentava os problemas econômicos e sociais que lhes eram impostos. Em geral o campesinato era formado por homens livres e proprietários de terras, ainda que não em grandes extensões. Os tributos e taxas tomavam proporções cada vez maiores e consumiam grande parte da renda do camponês. 

A Revolução começou como uma tentativa de recapturar o Estado. Captura essa empreendida pela aristocracia e pelos parlamentos e não fosse pelo desprezo à profunda crise socioeconômica que suas exigências acarretavam e por ter subestimado a força do Terceiro Poder a nobreza poderia ter alcançado seus objetivos. Mas, a Revolução não foi realizada por um grupo organizado ou por um partido e nem chegou a apresentar líderes que conduzissem as massas rumo à revolução. Um grupo foi responsável por dar a unidade efetiva ao movimento revolucionário. A “burguesia”. Suas exigências foram norteadoras da famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. A característica marcante desse documento é ser contra a sociedade hierárquica e de privilégios da nobreza, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. O burguês liberal clássico não era democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular com liberdades civis e garantias para a empresa privada e de um governo de contribuintes e proprietários. 

O objetivo da vitoriosa burguesia moderada, que havia se transformado na Assembleia Constituinte, era promover a racionalização e reforma da França. Suas perspectivas eram inteiramente liberais, porém dava pouca satisfação ao povo comum. Em 1791, a Constituição colocou de lado a democracia excessiva com um sistema monárquico constitucional baseado num direito de voto dos “cidadãos ativos”. A incontrolada economia de livre empresa dos moderados acentuou as flutuações dos preços dos alimentos e, consequentemente, a militância dos pobres das cidades, especialmente Paris. 

A guerra que eclodiu em seguida agravou a situação e transformou a história da Revolução Francesa na história da Europa. Duas forças protagonizaram os atos que levaram a França a uma guerra geral: a extrema direita e a esquerda moderada. A nobreza, a aristocracia e clero depositava sua esperança de restauração em uma intervenção estrangeira que restituísse o Antigo Regime e mais do que isso, bloquear a difusão das ideias perturbadoras projetadas a partir da França. Para os franceses em geral e para seus simpatizantes no exterior, a libertação da França era simplesmente o primeiro passo para o triunfo universal da liberdade. Havia entre os revolucionários, moderados e extremistas, uma paixão generosa e genuinamente exaltada em difundir a liberdade. 

Contudo, a guerra também favoreceu a solução de problemas domésticos. Sob a ameaça de intervenção estrangeira os homens de negócio argumentavam que as incertezas econômicas, a moeda desvalorizada e outros problemas só seriam sanados com a dissipação dessa ameaça. Logo passaram a ver o quanto lucrativa a guerra poderia se tornar. A guerra proporcionou uma relação entre a Revolução, a libertação, a exploração e a direção política. No decorrer de sua crise a jovem República Francesa descobriu ou inventou a guerra total; a plena mobilização dos recursos de uma nação com o recrutamento, o racionamento e uma economia de guerra rigidamente controlada, e a virtual abolição, dentro do país e no exterior, da distinção entre soldados e civis. 

Os dois grupos, sans-culottes e girondinos, apresentavam divergências quanta ao governo revolucionário de guerra. O primeiro saudava esse tipo de governo porque entendiam que só dessa forma poderiam defender a frança de uma contrarrevolução e da intervenção estrangeira e, também, que através de seus métodos alcançavam uma maior mobilização do povo e se aproximavam mais de uma justiça social. Os girondinos por sua vez, temiam as consequências políticas da combinação de uma revolução de massa com a guerra que eles provocaram. Além disso, não estavam preparados para combater e vencer a esquerda. Em 2 de junho de 1793, o golpe dos sans-culottes derrubou a Gironda. 

Para a maioria da Convenção Nacional a escolha era simples: ou o Terror, com todos os seus defeitos do ponto de vista da classe média, ou a destruição da Revolução, a desintegração do Estado nacional e provavelmente o desaparecimento do país. E não fosse a desesperada crise da França muitos deles teriam preferido um regime menos ferrenho. Quando os jacobinos ascendem ao poder o governo do Terror é levado ao seu ápice. A primeira tarefa do regime jacobino foi mobilizar o apoio da massa contra a dissidência dos notáveis da província e dos girondinos, e preservar o já mobilizado apoio de massa dos sans-culottes de Paris. Uma nova Constituição foi proclamada e deu ao povo o sufrágio universal, o direito de insurreição, trabalho ou subsistência e, o mais importante, a declaração oficial de que a felicidade de todos era o objetivo do governo e de que os direitos do povo deveriam se não somente acessíveis, mas também operantes. 

O jacobinos aboliram sem indenização todos os direitos feudais remanescentes, aumentaram as oportunidades para o pequeno comprador adquirir terras confiscadas dos emigrantes e aboliram a escravidão das colônias francesas. O erro jacobino foi o de não estimular o crescimento econômico ao estabelecer uma economia que girava em torno de pequenos e médios proprietários de terra, pequenos artesãos e lojistas economicamente retrógrados. Forçando a transformação capitalista agrária da agricultura e da pequena empresa a caminhar lentamente dificultando a urbanização, a expansão do mercado doméstico, a multiplicação da classe trabalhadora e o consequente avanço da revolução proletária. 

O problema que a classe média francesa enfrentava no Período revolucionário (1794-9) era como e de que forma alcançar a estabilidade política e o avanço econômico nas bases do programa liberal de 1781-91. As rápidas alternâncias de regime foram tentativas para se manter a sociedade burguesa, evitando, ao mesmo tempo, o duplo perigo da República Democrática Jacobina e do Antigo Regime. A solução foi o exército francês. A inatividade era a única garantia segura de poder para um regime fraco e impopular, mas classe média necessitava de expansão. O exército resolveu este problema, aparentemente insolúvel. Ele conquistou; pagou-se a si mesmo e, mais do que isto, suas pilhagens e conquistas resgataram o governo. Sem grandes recursos o exército francês adotou a tática de guerras curtas e vigorosas, pois era o único modo viável de se fazer a guerra. Outro fator importante do exército era proporcionar uma carreira aberta pelo talento das revoluções burguesas. 

O exército foi o pilar do governo póstermidoriano e Napoleão uma pessoa adequada para concluir a revolução burguesa e iniciar o regime burguês.

Os Sofrimentos do Jovem Wertherpor (Johann Wolfgang Goethe)


Goethe (1749-1832) é um dos maiores nomes da literatura alemã. 

Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774) é um romance de Johann Wolfgang Von Goethe. Marco inicial do romantismo, considerado por muitos como uma obra-prima da literatura mundial, é uma das primeiras obras do autor, ainda que Goethe tenha cuidado para que nomes e lugares fossem trocados e, naturalmente, algumas partes fictícias acrescentadas, como no final. 

Neste livro, o suposto Jovem Werther envia por um longo período cartas ao narrador que, no próprio livro, através de notas de rodapé, afirma que nomes e lugares foram trocados. 

O romance é escrito em primeira pessoa e com poucos personagens. Na época ocorreu, na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras. Num estilo completamente adverso a Fausto, mas não menor que neste. 

Werther é marcado por uma paixão profunda, tempestuosa e desditosa. Werther é correspondido no amor, porém sofre com a impossibilidade de consumá-lo ao se enamorar com uma jovem já prometida a outro homem. J. W. Goethe põe um pouco de sua vida na obra, pois ele também vivera um amor não correspondido. Para o herói, a vida só tem um sentido: Charlotte. A vida deixaria de ter sentido se ele perdesse sua amada. Werther se apaixona cada vez mais por Charlotte. De temperamento sensível e artístico, ele não consegue esquecê-la e por causa desse amor impossível, no final ele acaba se suicidando com um tiro de pistola na cabeça. 

Quando lançado na Europa, o livro inspirou uma leva de jovens leitores, que passaram a se vestir como o protagonista. 

Personagens: 

Werther - Personagem principal, inspirado em Goethe. 

Editor - Criado por Goethe, chama-se Wilhelm (Guilherme), e é supostamente o amigo a quem Werther endereçou as cartas e quem as organizou. 

Charlotte (Carlota) - Amada de Werther, noiva de Albert. 

Albert (Alberto) - Noivo de Charlotte foi normalmente contrário aos pensamentos de Werther. 


Morreu por amor - O suicídio de Werther: 

"Pela manhã, às 6 horas, o criado entrou no quarto com a luz. Encontrou o seu senhor no chão, viu a pistola e o sangue. Chamou-o, mexeu nele; nenhuma resposta, ele ainda agonizava. Correu em busca dos médicos e de Albert. Lotte ouviu alguém tocar a campanhia e um tremor convulsionou-lhe todos os membros (...). Tinha atirado na cabeça, logo acima do olho direito, fazendo saltar os miolos. Pelo sangue espalhado no espaldar da cadeira, concluiu-se que ele realizara seu intento sentado à escrivaninha, caíra em seguida, rolando convulsivamente em volta da cadeira. Estava estendido de costas perto da janela, inerte, todo vestido e calçado, de casaca azul e colete amarelo. (...) Do vinho, bebera somente um copo." (Wilhelm, amigo de Werther, escreve após a morte do companheiro) (Tradução de Erlon José Paschoal)

O Garimpeiro (Bernardo Guimarães)


O Garimpeiro (Bernardo Guimarães) Romance "O Garimpeiro" inicia-se, na toada de Bernardo Guimarães, com a descrição de uma paisagem edênica. A natureza é sempre rica de árvores, pássaros, frutas, ribeirões, ares amenos, horizontes tranquilos. Os personagens são introduzidos neste mundo sem maior delonga e imediatamente postos em ação. Sabemos onde estamos, sabemos o tempo de início dos acontecimentos, e conhecemos logo o Major, suas filhas e escravas. E também Elias, "aquele moço de Uberaba". Lúcia e Elias amam-se. 

A história de dois jovens apaixonados Lúcia e Elias que se conhecem na cavalhada e vivem um amor proibido interferido pelo major que era o pai de Lúcia que só pensa em riqueza, e por Elias ser um moço pobre, o major não aceita que os dois se casem. 

Elias vai para a casa de seu amigo Simão que trabalhava no garimpo. Os dois começam a trabalhar duramente a procura de ouro, mas quando Elias percebe que por ali não tem nada, decide ir embora com um homem que não conhecia, mas Simão não desiste e continua no garimpo. 

Pouco tempo depois o amigo de Elias acaba falecendo e ele entra em desespero por não saber mais o que devia fazer, então encontra um moço rico chamado Leonel, que promete ajudá-lo mas que acaba enganando-o. Sem saber, Elias volta para a cidade achando que estava rico, mais ao chegar ele descobre que tinha sido enganado e que Leonel estava noivo de Lúcia. 

Na festa de noivado Elias aparece na casa do major mesmo sem ser convidado e arruma a maior confusão, desmascarando Leonel. O major descobre que Leonel era um ladrão e com isso Leonel vai preso. 

Nisso o major se mudou com a família para um casebre bem pobre e começou a apertar Lúcia para que ela se casasse com um outro bom partido, bem rico que os tiraria daquela situação de pobreza. 

Enquanto isso, Elias recebia um bilhete de Lúcia avisando-o sobre esse novo acontecimento em que o pai a impunha. Ela queria uma salvação. 

Quando Elias já sentindo que nada mais poderia oferecer à Lúcia, estando até determinado a renunciar a esse amor, Elias reencontra seu amigo Simão que estava muito doente, prestes a morrer e então recebe dele alguns diamantes que ele tinha conseguido no garimpo após sua partida. E ainda Simão disse à Elias que de onde encontrara os diamantes teria muito mais! Após dizer isso Simão morre. 

Elias vai atrás de Lúcia e pede a mão dela em casamento para o major. Este ficou no começo assustado com a ousadia de Elias, mas depois que Elias lhe contou que ficara rico de um tempo para cá, o major então permite que o casamento aconteça entre os dois. 

E tudo acaba bem entre todos!