O Poderoso Chefão (Mario Puzo)


O Poderoso Chefão (The Godfather) foi escrito em 1969 por Mario Puzo, descendente de uma família de sicilianos que residia em um bairro violento de Nova Iorque. Seu primeiro conto, intitulado "O Último Natal" foi publicado pela revista American Vanguard. Cinco anos depois, ele publicou "A Guerra Suja", mas ao contrário do que esperava, o livro foi bem recebido pela crítica, mas passou praticamente despercebido pelo público. Em 1965 escreveu "O Imigrante Feliz", mas obteve resultado semelhante. 

A Máfia, originalmente, significava “um lugar de refúgio” – nas palavras do próprio Mario Puzo – e tornou-se uma organização secreta que surgiu para lutar contra o governo italiano que havia esmagado o país e o povo por muito tempo. Qualquer problema que o povo tinha, recorria aos cappos e não à polícia, que era controlada pelo governo. 

Don Vito Corleone é conhecido como Don Corleone, ou simplesmente Padrinho, por aqueles que já tiveram um pedido concedido em troca de sua lealdade e respeito. Corleone é um importante empresário do azeite. Seus filhos são: Santino (Sonny), Frederico (Fredo ou Fred) e Michael (Mike), e uma única filha, Connie.

Durante o livro se aprende que o poder da amizade é fundamental para ser uma pessoa de respeito e construir o seu império com a colaboração de todos. A cada novo favor que Don Corleone fazia aos seus amigos, conquistava mais poder e confiança de outras pessoas que vinham lhe pedir favores em troca de sua lealdade. 

Segundo Don, ninguém havia herdado a veia dos negócios mais do que seu filho mais velho, junto com Tom Hagen - eram seus braços direitos. Este último (adotivo), foi criado pela família depois de ser encontrado nas ruas por Sonny e recebido de braços abertos na casa da família. Ele fôra advogado, inclusive da família, e que mais tarde também morrera. 

Dom Corleone recebe uma proposta de Vigil Solozzo (bode expiatório da família rival Tartaglias), para um novo negócio, o narcótico. Mas depois de pedir conselho para Sonny e Hagen, decide por não fazê-lo, para não comprometer seus amigos influentes na política, o que lhe causaria problemas. Em consequência disso Don Corleone sofre um atentado à tiros na frente de seu escritório, com a conspiração de Paulie Gatto, um traidor da família. Sonny, no entanto, toma as rédeas do negócio da família e manda matá-lo e faz com que Vigil Solozzo fique sabendo. Agora Sonny deveria pensar qual decisão tomar pois poderia começar uma guerra sem volta entre as duas famílias mais influentes de Nova York, melindrosamente, porque os Tartaglias tinham as outras famílias a seu favor. 

Michael, o caçula que até então não queria participar dos negócios da família, resolve tirar sua máscara de bom moço planejando acabar com Solozzo e seu guarda-costas, capitão da policia, que o havia espancado uma vez. Em um encontro em que Michael negociava com Solozzo num restaurante no Brooklyn, o caçula de Don Corleone, enfim, acaba pondo em prática o plano matando os dois. No dia seguinte estaria declarada a guerra entre as famílias. 

Michael Corleone (Al Pacino), depois da morte de seu pai Don Corleone por um infarto no coração, assume o comando e manda matar todos que tramaram a morte de Don Corleone, incluindo seu cunhado que provocou a morte de seu irmão mais velho. Michael também manda matar o seu próprio irmão Fredo, isso porque Fredo o trairia, aliando-se com um gângster rival, que então atentou contra vida de Michael. 

Michael planeja fazer incursões em Las Vegas e Havana instalando negócios ligados ao lazer, mas descobre que aliados como Hyman Roth estão tentando matá-lo. Crescentemente paranóico, Michael também descobre que sua ambição acabou com seu casamento com Kay e até mesmo seu irmão Fredo o traiu. Escapando de uma acusação federal, Michael concentra sua atenção para lidar com os seus inimigos. 

Michael fica velho e doente. Mas faz atos de redenção para tornar aceitável o nome da família Corleone. Michael recebe Vinnie Mancini, seu sobrinho (filho do seu irmão Hagen, o advogado) que a pedido de Connie é apresentado a Michael manifestando vontade de trabalhar com o tio. Nesta tentativa de diálogo a conversa toma um rumo hostil pois participava também da reunião Joey Zasa que agora mantém o domínio de uma área outrora mantida por Don Vito Corleone, o pai de Michael. 

Vinnie é chefiado por Joey Zasa, mas fala que não quer continuar, principalmente pela traição de Zasa de não reconhecer o poder de Michael. Vinnie é quase morto pelos capangas de Zasa e uma guerra pelo poder tem início. 

Alguns fatos contribuem para a tensão no roteiro: a filha de Michael acaba por se apaixonar pelo primo. Este é a encarnação piorada do pai: um mafioso à moda antiga. Mas Michael neste momento decide refazer o seu caminho e se afasta cada vez mais do velhos companheiros das famílias, dos "negócios" buscando legalizar sua vida como empresário do bem. Rapidamente Vinnie é recebido por Michael que vê nele a impetusiodade necessária para liderar a família, mas, para isso, é preciso que o rapaz aprenda que os Corleone agora agem de acordo com a lei. 

Um arcebispo da Igreja solicita a Michael US$ 600 milhões, pois resolveria o déficit da Igreja, oferecendo em troca que Michael ganhe o controle majoritário da Immobiliare, antiga e respeitável empresa europeia de propriedade da Igreja. Michael concorda, mas isto deixa vários membros do clero contrariados, que não o aceitam por sua vida duvidosa. 

A trilogia finaliza com um bom enredo. A questão de gangues rivais é deixada um pouco de lado, e o diretor Francis Ford Coppola e Mario Puzzo procuram dar uma maior ênfase em Michael, agora mais velho e doente, e como ele lida com os acontecimentos e decisões que tomou durante toda sua vida, especialmente com os seus parentes mais próximos, além de questioná-lo e fazê-lo se confrontar com a relação atual e de toda vida com seus filhos e com sua ex-esposa Kay. 

Três cenas marcantes de Michael foram quando ele teve um ataque cardíaco e, arrependido, chama pelo irmão que ele matou (Fredo); quando ele confessa que matou seu irmão para um padre e chora um choro repleto de arrependimento e quando grita “urra” por perder a esperança de paz, que ele vê sendo arrancada diante dos seus olhos. 

Enfim, Michael apresenta o berço da família Corleone à Kay, e procura mostrar uma maior humanidade, arrependimento e fraquezas já no fim da vida. É uma tentativa de Michael Corleone de acertar as contas com o passado... E acaba com um novo personagem assumindo a chefia da família e com um fim triste para "O PODEROSO CHEFÃO" dos Corleone, com a morte de sua filha.

Obs: Este resumo está relacionado ao livro e filme baseados nas séries 1, 2 e até 3.

Viagens na minha terra (Almeida Garret)


O narrador faz uma viagem até Santarém, depois que deixa Lisboa. Durante a viagem, vai observando a paisagem e tipos humanos, neles analisando o que há de pitoresco enquanto reflete sobre as coisas e seres humanos. 

Chegando ao Vale de Santarém, conta a estória da Joaninha dos Olhos Verdes, tipicamente romântica: a moça se apaixonara por seu primo Carlos que não sabendo escolher entre o amor de várias mulheres, tinha voltado para a Inglaterra, de onde viera. Joaninha, caracterizada como "menina dos rouxinóis", morreu de desgosto. Desde a sua morte, o vale perdeu a sua exuberância, tornando-se triste. Acabada a viagem, o narrador retorna a Lisboa.

Dança com lobos (Michael Blake)


Depois de uma bem-sucedida batalha em Dakota, durante a Guerra Civil Americana, o tenente John Dunbar é recebido como herói e decide servir numa região povoada por índios da tribo Sioux. 

Dunbar se vê, de repente, sozinho, longe da civilização, e tendo por companheiros apenas um lobo, um cavalo chamado Cisco e alguns índios Comanches nômades. As tentativas de roubo do seu cavalo e a luta pela difícil sobrevivência levam Dunbar a penetrar no território indígena. O contato com a cultura de um povo sábio e altivo faz com que ele mude para sempre sua maneira de ver os homens e as coisas. 

A convivência com os indígenas faz com que Dunbar, pouco a pouco, vá adquirindo seus costumes, e ao mesmo tempo ganhando o respeito dos nativos. 

Dunbar acaba se envolvendo com uma mulher branca tornando-se um verdadeiro membro da tribo. Essa mulher, Cristine, que teve a família massacrada na sua infância, com o passar do tempo, compreendeu que aquele povo era o seu povo e muito diferente dos que tinham massacrado a sua família e os seus amigos. Os comanches tornaram-se o seu mundo e ela os amava tanto quanto odiava os pawnees, a mais terrível das tribos.. 

De Pé com Punho era Cristine e Cristine era De Pé com Punho. Isso porque um dia em uma briga com uma mulher da tribo ela deu um soco violento na mulher chegando a desmaiá-la. E depois chutou a mulher para ter a certeza de que não seria atacada novamente. Desde esse dia, ela passou a se chamar De Pé com Punho.

E o tempo foi passando e Dunbar e De Pé com Punho começaram o romance. Todos aqueles que sabiam o que é o amor entre um homem e uma mulher viam esse amor nos rostos de Dança com Lobos e De Pé com Punho. 

Um dia, o passado, sob forma de tropa, volta para atormentá-lo. Dunbar se vê diante de uma dolorosa opção: escolher entre ficar com os brancos ou os índios. É quando ele descobre quem realmente age com selvageria e a quem ele deve agora lealdade.