O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas)


O Conde de Monte Cristo (The Count of Monte Cristo) é a clássica história de Alexandre Dumas sobre um jovem inocente que erroneamente, mas deliberadamente, é preso, e de sua brilhante estratégia para se vingar daqueles que o traíram.

O jovem e destemido marinheiro Edmond Dantes (JIM CAVIEZEL) é um rapaz honesto e sincero, cuja vida pacífica e planos de se casar com a linda Mercedes (DAGMARA DOMINCZYK) são abruptamente destruídos quando Fernand (GUY PEARCE), seu melhor amigo, que deseja Mercedes para ele, o trai com uma sentença fraudulenta onde Edmond teve que cumprir na infame prisão da ilha do Castelo de If. Edmond se vê aprisionado em um pesadelo que dura 13 anos.

Assombrado pelo curso que tomou sua vida, com o passar do tempo ele abandona tudo que sempre acreditou sobre o que é certo e errado, e se consume por pensamentos de vingança contra aqueles que o traíram. Com a ajuda de outro preso (RICHARD HARRIS), Dantes planeja e é bem-sucedido em sua missão de escapar da prisão e se transforma no misterioso e riquíssimo Conde de Monte Cristo.

Com uma astúcia cruel, ele se envolve com a nobreza francesa e sistematicamente destrói os homens que o manipularam e o aprisionaram.

"O Conde de Monte Cristo" é uma das mais belas obras de Alexandre Dumas, o mesmo autor de "Os três mosqueteiros". O livro, escrito em 1845 e ambientado na França, narra a história de Edmond Dantès, um rapaz inocente, vítima de uma traição, que passa anos na prisão arquitetando sua vingança.
Apesar de levar uma vida simples, Edmond era feliz com o pouco que tinha: o pai, o trabalho e o amor. O jovem oficial da marinha era honesto, sincero e apaixonado por sua noiva, Mercedes. Sua ingenuidade fez com que se tornasse uma presa fácil nas mãos de Fernand, Danglars e Villefort, que revelaram-se grandes inimigos. Com um plano muito bem articulado, usaram de todos os artifícios para jogá-lo na prisão.
Dantès amargou longos anos no temido Castelo de If, considerado a maior fortaleza existente na época. Com o passar do tempo, assustado com o curso que sua vida tomou, abandona tudo que sempre acreditou sobre o que é certo e errado, e se consome em pensamentos de vingança contra aqueles que o traíram. Penou quinze anos no cárcere, em companhia do abade Faria, que logo tornou-se um grande amigo. Com ele, Dantès aprendeu diversas artes e línguas, e ainda recebeu de suas mãos um mapa de um tesouro escondido na Ilha de Monte Cristo.
Depois de várias tentativas, o jovem consegue escapar da prisão e ir de encontro a imensa fortuna que o abade lhe apontara. Assim que encontrou a fortuna transformou-se no misterioso e riquíssimo Conde de Monte Cristo, disposto a tudo para vingar-se daqueles que roubaram sua vida, seus sonhos e sua juventude.
Ao voltar para seu mundo, Dantès faz inúmeras descobertas. Muitas vezes, pensa em desistir da vingança e render-se ao perdão. Em outras, age com uma astúcia cruel, se envolvendo com a nobreza francesa e destruindo sistematicamente os homens que o manipularam e o aprisionaram. Suas atitudes e emoções contraditórias geram uma série de questões éticas, incentivando o leitor a julgar e, até, condenar suas ações.
"O Conde de Monte Cristo" é um verdadeiro tratado sobre as relações humanas. O livro mostra até onde um homem é capaz de ir para alcançar seus objetivos, sejam eles bons ou maus, justos ou não. Compartilhamos toda a dor do personagem mas, em alguns momentos, nos indignamos com suas ações.
O livro sofreu várias adaptações para o cinema, porém a mais recente é a versão americana de 2002, dirigida por Kevin Reynolds. Além da bela história de Alexandre Dumas, o filme traz a brilhante atuação do ator Jim Caviezel, vivendo na pele toda a trajetória de Edmond Dantès.
Dentre todas as lições que aprendemos com o livro, existe uma que contém toda a essência desta obra. Dumas nos revela que "só os que padecem um extremo infortúnio estão aptos a usufruir uma extrema felicidade", e nos deixa a esperança de que dias melhores sempre virão.



A Casa Dos Budas Ditosos (João Ubaldo Ribeiro)

Quem poderia imaginar que aquela senhora de quase 70 anos tenha feito tanta sacanagem na vida? Pois esse é o tema do livro do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, “A Casa dos Budas Ditosos”. Segundo ele, não se sabe o quanto de verdade há nisso, que recebeu os originais dessa narrativa colocados em fitas cassetes e deixadas na portaria do seu prédio. Tratando-se de Ubaldo, pode ser verdade, ou não. O livro faz parte dos “Sete pecados Capitais”, uma série de livros feitos por autores famosos sobre encomenda de uma Editora. A Ubaldo coube falar sobre a luxúria; e, nem poderia ser de outra forma. Os relatos desta senhora fariam corar um frade de pedra, isso, se os frades ainda corassem... O livro cheira a suor, a prazer desmedido, a sexo selvagem. Sexo por sexo, sem amor, tudo para fazer horrorizar os puritanos. E a boa velhinha topa tudo, não respeita nem os parentes. Mas, não pense que você vai ler um texto vulgar, pornográfico, como certos vídeos postados no Youtube. O livro trata principalmente do machismo, do desprezo pela velhice, da hipocrisia social, do “faça o que eu mando, não faça o que eu faço”, denuncia o mau - caratismo social, a repressão contra as mulheres – “já estou cansada de não poder dizer o que me vem à cabeça” - queixa-se a suposta protagonista. “Sou um grande homem – fêmea”, diz a personagem. Ser uma mulher e pensar como um homem! Sou assim, também, portanto, desse sofrimento, sou conhecedora. Somos uma sociedade de reprimidos. Por isso tantas neuroses, tantas depressões, tantos psicopatas soltos pelo mundo. “A Casa dos Budas Ditosos” é um grande livro. Boas verdades são esfregadas nas fuças dos moralistas, não agressivamente, mas, temperada com o humor cáustico do Ubaldo, uma pitada de pimenta malagueta própria da Bahia, onde não existe pecado que não possa ser vivido ou contado.

Otelo, o Mouro de Veneza. (William Shakespeare)


Tudo gira em torno, do personagem Iago (antagonista); Alferes, o Otelo (protagonista). Iago, ofendido pela promoção de Cássio, que é mais jovem, trama contra Otelo. Iago convence Rodrigo (cavalheiro veneziano), a ir à casa de Brabâncio (conceituado senador), dizer-lhe que sua filha, a doce Desdêmona fugiu e casou-se com Otelo – o mouro.
O senador ofendido vai à busca do mouro, para matá-lo. Ao procurá-lo recebe um comunicado do doge de Veneza, a comparecer urgente ao senado. Dirigindo-se ao local, onde também estava o bravo comandante Otelo, Brabâncio faz as acusações. Otelo relata o amor pela Desdêmona, dizendo que ela fugiu e se casou com ele por livre e espontânea vontade. Desdêmona veio a confirmar a mesma verdade ali naquele instante.
O mouro é inocentado e segue para o Chipre, no comando das tropas, e sua esposa foi logo depois.
Em Chipre, Iago procede a sua vingança diabólica, de maneira fria e minuciosa: arquiteta a vingança induzindo Cássio – homem de confiança de Otelo, a embriagar-se e brigar com Rodrigo, e com isto sendo destituído de cargo. Também convence Cássio a falar com Desdêmona, para em seu nome, pedir-lhe para restituí-lo do cargo. Ele faz isto, e o mouro vê a conversa dos dois. Com isto, Iago insinua traição dos dois ao mouro, que aos poucos vai ficando desconfiado, enfurecido...
Desdêmona perde um lenço – significativo, que Otelo a presenteou. Iago o achou, e faz com que chegue às mãos de Cássio, escondendo-o entre os seus pertences. Aí disse para Otelo que sabia onde estava o lenço e o ajudou a encontrá-lo. Também escondeu nas coisas de Cássio uma carta que ele mesmo forjou copiando a letra de Desdêmona. (A letra da carta foi copiada de uma cartinha que Desdêmona havia escrito para sua esposa Emília, serviçal de Desdêmona).
Iago jura lealdade ao mouro, dizendo que matará Cássio. Na verdade ele mata Rodrigo, ficando Cássio ferido, do combate traiçoeiro com Rodrigo.
Otelo, louco de ciúmes dia e noite, um dia não agüenta e mata Desdêmona com uma lâmina fria no peito, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.
Inconformada, com a morte de sua senhora, Emília (esposa de Iago) revela tudo o que sabe: Há muito tempo vigiava seu marido Iago, desde que o viu escondendo o lenço perdido de Desdêmona. Passou, depois disso a vigiá-lo todos os dias e acabou por ver que ele forjara tudo, escondendo o lenço e a carta nas coisas do Cássio. Emília relatou tudo o que viu.
O mouro, desesperado com o que ouvira, ergueu o punhal e o cravou em sua própria garganta.
Iago é preso e Cássio assume o posto de Otelo.